ÉRAMOS NOBRES DO DIREITO
ÉRAMOS NOBRES DO DIREITO
Do ponto de vista da representatividade perante a sociedade, a postura dos que militam no direito, sempre receberam distinção e notoriedade dado ao alto grau de confiança que se estabelecia com a classe. Portanto, nobres neste sentido, não como uma classe aristocrata, de grã-finagem ou nobiliarquia, posto que, se impõe a que seja da mais alta respeitabilidade aos olhos da sociedade. Quem sabe se, comparado ao Padre, ao Pastor, de quem se espera dignidade ante ao elevado grau de exemplo que lhes são exigidos a bem da verdade que proclama. Nesse sentido é dado crédito aos homens e mulheres que militam no direito a bem da Justiça. Desta forma, reconhecemos que éramos nobres, e já não somos mais, é uma pena, o relativismo tomou conta. De uma sociedade organizada, passamos a viver com uma sociedade desorganizada, tendo que sobreviver ao “poder de mando”, e não mais dentro das prerrogativas de direito e da moral. O que antes se dava reconhecimento, era dado à postura, probidade, justeza, integridade, lisura, fidalguia, magnanimidade. Um advogado na sua cidade, quando de sua postura, de terno e gravata, fosse na chuva ou fosse no sol, ele sempre procurava se portar com decência, discrição, isso motivava estudantes e pessoas da sociedade a que fosse desejada a profissão de advogado. Por sua vez, nas instâncias superiores, os próprios advogados ansiavam por um dia usar a distinta toca preta, manto dos nobres do direito, admitindo-se serem os detentores de maior conhecimento do direito, correção, franqueza, justeza, rigor, seriedade, dignidade - construtores dos Tribunais de Justiça, ou seja, onde se opera justiça, onde prevalece o direito do cidadão em detrimento das leis constituídas. Ainda, na elevação do direito e correção, o Superior Tribunal de Justiça, e como ainda mais elevado grau de conhecimento e justeza, o Supremo Tribunal de Justiça - o que, com a devida vênia, jamais deveria ser chamado de “Supremo”, uma vez que, o único Supremo é Deus. Logo, poderia ser qualquer coisa que o identifique, de menos “Supremo”. Por tais razões, muito mais grave se torna, quando a sociedade espera que, a mais alta e elevada corte seja justificada pelos mais altos valores morais e do direito, condescendente no trato do direito em favor da justiça. Éramos nobres, e já não somos mais, a mais alta corte, na atualidade é a mais odiada, de onde se tem emanada as mais berrantes injustiças e desrespeito à Carta Magna Constitucional. Desde advogados e Juízes, os bons costumes, sempre foram características que os colocavam em lugar de distinção e grande respeito - elegantes e firmes em sua palavras, os tornavam obres perante a sociedade, e da mesma formas as mulheres, bem vestidas e elegantes - nos Tribunais, não se vê advogado de bermuda ou mulher de minissaia. Todavia, como as coisas caminham, depois de o novo presidente do STF, dançando e sambando, feliz da vida em sua posse, depois de atribuir título de “Mané” a brasileiros; depois de proclamar a eleição de um fora da lei aos auspícios de suas antecedidas afirmações: “eleições não se ganha, se toma”, o que será de nós brasileiros? O que mais, de nós será tirado? Depois das palavras, as mídias sociais, o que mais? Éramos nobres, já não somos mais!