CPMI E O DIREITO DE ESPERNEAR
CPMI E O DIREITO DE ESPERNEAR
O início dos debates na CPMI do 8 de janeiro começou bem, com a exposição de algumas verdades que começaram a serem reveladas. Embora intentada toda a maracutaia para impedir o andamento dos trabalhos, sem êxito nesta primeira etapa, tendo à frente uma relatora que, demonstrando-se nervosa e de pouco conhecimento em virtude do cargo, chegou a um momento até mesmo de risos. A intenção da relatora era induzir o início dos trabalhos para acontecimentos que antecederam o evento de 8 de janeiro, o que não funcionou. Muito pelo contrário, a esquerda acabou ganhando espaço para outras convocações que antes demonstravam ser impossíveis – o pessoal do GSI. Quando os deputados e senadores participantes tentaram acompanhar com tamanho disparate, pode pelo menos entender o que em termos de justiça se chama “o direito de espernear”, pois que não leva a lugar algum, todavia, quem não tem argumento, pelo menos tem o direito de espernear, é o que está acontecendo com a relatora, cujo desejo é de apenas dificultar o andamento dos trabalhos. Bem verdade que para tolerar tamanha banalidade por parte desse pessoal que não tem interesse em desvendar os mistérios do 8 de janeiro, é preciso ser dotado de muita paciência, o despreparo é risível em muitos momentos. Contudo, a esquerda ante governo, a nosso ver saiu vitoriosa, muito embora ainda exista muita água a rolar. Esse povo do atual governo está totalmente perdido no que fazer para se manter no poder, mesmo enxugando gelo, não largam o osso. Enquanto trabalham para atrapalhar as investigações, o poderoso chefão desfruta das benesses do cargo, numa lua de mel interminável, regada dos milhões do povo que fica na espera de um fim nesse imbróglio nos poderes da República. O governo não está nenhum pouco preocupado com os acontecimentos no país, continua desfilando nos tapetes vermelhos que lhe são oferecidos por gente da mesma espécie por onde anda. Até andam dizendo, vez por outra que o” barba” vem desejando ser candidato ao Prêmio Nobel da Paz. Foi buscar a bênção do Papa, cujos ideais parecem estar acordados para o mesmo fim da esquerda no mundo. Levou na bagagem uma suposta mensagem de paz entre Rússia e Ucrânia, contando com a benção do Papa e também do presidente francês Emmanuel Macron. Estando prestes ao recesso parlamentar, muito se teme que as coisas sofram ataques mais violentos, a exemplo dos últimos dias em que o senador Marcos do Val, se viu comemorando seu aniversário com boas visitas da PF a mando do poderoso chefão, que agindo por capricho melou toda a festa em família, deixando a todos estupefatos. Nesta semana cinzenta em Brasília, tudo pode acontecer, há uma tremenda expectativa quanto a decisão do STE em relação a inexigibilidade do ex-presidente. Entremeio a tantos acontecimentos outras comissões de inquérito também estão trabalhando, no entanto, esta CPMI foi planejada de modo a não chamar tanto a atenção, tudo bem calculado estrategicamente. É quando o verso da moeda também é direcionado para o direito de espernear – in caso, vem funcionando, muito embora, pouco se acredita que haverá respeito às decisões caso cheguem à veracidade dos fatos do dia 8 de janeiro. Para o povo, há sempre a desconfiança de que o velho jargão volte a sobreviver: “tudo sempre acaba em pizza”. Pelo menos nesta primeira jogada ainda não teve nem cheiro de pizza. Devemos continuar acreditando que, a verdade sempre vence, esperneando ou não.