O PESADELO BRASILEIRO CONTINUA

Ameaçados por palavras não mais pronunciáveis, censura das mídias, promessas de fechamento das pequenas lojas, sequestro das poupanças, prevalência da ditadura, e por esses dias um filme de terror – o maior monstro da América Latina em solo brasileiro. Quem podia imaginar que um governo narcoditador, cassado pelos EUA, com cabeça a prêmio no valor de 15 milhões de dólares, sendo recebido com honras de estado, desfilando no tapete vermelho aos auspícios das continências dos militares da guarda presidencial. Que vergonha! Que tristeza! Ninguém aguenta mais tanto descalabro, tanta humilhação – um ladrão desgovernando, destruindo nossos valores, entregando nossas riquezas a um declarado narcotraficante. Não há descanso para o povo brasileiro, o pesadelo continua. Políticos enraivecidos, parecem gritar ao vento, e as coisas vão acontecendo sem que surja uma saída para o trágico quadro brasileiro. O STF parecendo silente enquanto uma tempestade de raiva toma conta dos corações brasileiro, já nem falam mais nada, contudo, confabulando noite e dia em como continuar destruindo o país. No pronunciamento do Ministro Barroso nesta semana, provocou grande reação dos meios conservadores, o que deixou transparecer como tendo sido uma crítica equivocada. Ao que parece, tanto de um lado quanto de outro a coisa não ficou clara. Porque o Ministro confabulou tal enunciado? Diz-se de uma colocação hipotética, seguinte: “imaginem se os investimentos da classe média alta remunerassem menos que a poupança, eles iam gostar?” Ele esclarece, então, que é isso o que acontece com o trabalhador que tem no FGTS seu único tipo de investimento e cuja rentabilidade é menor que a poupança”. Faço aqui uma interrupção para considerar o seguinte: como ficaríamos todos nós que a todos os dias somos surpreendidos por coisificações emanadas dos poderosos? Mesmo que supostamente hipotética, para os sofridos e ameaçados brasileiros, torna-se assustador. Não teria sido uma insinuação entremeio a tantas notícias ruins circulando? Quando invasões acontecem e ninguém fala nada, quando a esquerda faz a festa com nosso dinheiro, também ninguém diz nada. Logo, a fala do Ministro deixou a todos com o sentimento de mais uma ameaça, e desta feita aos cofres alheios. Que dizer então? Qual seria a melhor compreensão? Voltemos à fala complementar do Ministro: “Aqui eu pediria, presidente, às pessoas de classe média alta, uma gota de empatia. Que não é difícil nesse caso. Imagine a alta classe média brasileira, que investe em renda fixa em fundos de ações, em fundos de multimercado e em câmbio, e tem lá os seus investimentos. Se, de repente, viesse uma regra que dissesse assim: todas essas suas aplicações terão uma rentabilidade pré-determinada abaixo da poupança porque o país está precisando fazer investimentos sociais importantes”, e completou: “O que aconteceria se hoje se editasse essa norma dizendo isso? O mundo ia cair.” Tão somente uma mera hipótese? Desculpa Ministro, isso dá um medo danado, nosso sentimento é de que o pesadelo brasileiro continua. Dá-nos a cada dia a impressão que este governo e seus camaradas querem nos deixar perdidos e pelados. Misericórdia, sejamos claros nesta hora, estamos assustados. Vivemos um pesadelo sem fim. Misericórdia!