HUMOR MINTOLÓGICO
HUMOR MINTOLÓGICO
Carlos Roberto Martins de Souza
A classe de advogados no Brasil deve estar rindo, dando gargalhadas com a narrativa criativa e surreal dada por parceiros ao defender o MITOLÓGICO Jair Mentindo Satãnaro, foi a piada do ano, ou da década, dizer que a Santa Morfina causa delírios, isto é colocá-la como a Santa das Causas Impossíveis. É delirante! Morfina rima com Cloroquina... Que, aliás, também já foi Canonizada como a Santa das Curas Impossíveis nos tempos da Covid-19. Ela recebeu dos evangélicos o singelo e carinhoso nome de “Santa Clô”. Até hoje ela é venerada pelos crentes. Eu conheço um cabra de uma igreja aqui, ele mandou emoldurar a caixa do bendito vermífugo, e a pendurou na parede. Piadas, principalmente quando envolvem mentiras, aliviam a culpa e tem efeito tranquilizante no cérebro. O humor cura dor de cotovelo, pois o riso anestesia o corpo, ativa o sistema imunológico, auxilia a memória a relaxar. Bom, marcaram o depoimento do Mito, era preciso uma saída descente, pois ele teria que responder pela tentativa de golpe patrocinada por “Bandidotários” disfarçados de Patriotários. Como “Mitotário”, ele chefiava o bando, mesmo disfarçado de otário fugitivo, lá nos States. E veio a piada pronta: Bolsonaro tenta aplicar o golpe da morfina na Polícia Federal, e acaba nocauteado pela própria língua. A desculpa, nem com toda a cusparada dele, colou. É bizarro ver advogados prestarem informações tão esdrúxulas, tão vazias de verdade, sem qualquer sustentação moral, pois de legal elas não tem nada. Pelo visto, devem estar treinando para lançarem algum programa de humor tendo o Bozo como humorista principal. Sob o efeito da paulada na moleira, dada pelas benditas e santas “urnas eletrônicas”, o velho gaga, Jáfoi Messias, não levou em conta a recomendação, “se tomar morfina, não use as redes sociais”, como tinha se embriagado com um poderoso e fatal coquetel, com doses cavalares de Morfina, Rivotril, Cloroquina, Ivermectina, não deu outra, ou continuou dando, foi merda que não acaba mais... Tava doidão! Legal, porra! Aquele monte de botões no celular, deixou ele alucinado, vendo estrelas coloridas, não deu outra, vou compartilhar comigo mesmo, pois o Xandão nem vai ficar sabendo. Ficou. Mofado, confinado num quarto de hospital, dopado com “Morfina", o teatro do absurdo foi montado. Ele incorporou o Chaves sem querer, mas querendo. Têm feito parte do imaginário coletivo dos Patriotários os efeitos anedóticos da utilização do hipnótico com efeito sedativo, relaxante, lembra dos celulares apontados para o céu nos acampamentos? São efeitos colaterais da burrice crônica provocada pelo vírus do bolsonarismo. Mais de 50 milhões de idiotas votaram no mitológico Messias sob o efeito de um medicamento popular no meio bolsonarista, o “Cagol 22 mg". Na política, como na vida, o “Efeito Morfina” é temporário. Logo cai no esquecimento, mas a vergonha, para quem tem, é permanente. Os alunos de medicina estão confusos, pois a aula de efeitos colaterais da Morfina dada pelos advogados de Boçal Nero, contraria tudo que os especialistas em ciência ensinaram. Eles estão perplexos com tanto conhecimento científico dado no Curso de Direito. Vamos ao que interessa. Numa sala secreta, com um bode no canto, os advogados vão dar aulas de teatro para um aluno iniciante, um candidato a substituto do saudoso Costinha. Já na sala o Messias se irrita:
- Bozo: Que desgraça de bode é esse? Não sou Maçom, não vou fazer nenhum ritual, tira esta praga daqui, talkey?
- Advogado: Excelência, deixa o bicho, ele é para disfarçar o cheiro de merda no ar, o senhor fez muita cagada, para trabalharmos neste ambiente, só deixando o bode. É a nossa condição.
- Bozo: Eu preciso sair desta, ou então o Xandão vai me colocar de molho, isto aqui é coisa dele, acho até que ele vai ser o próximo presidente, o cara é foda! O cara está me comendo o rabo e rindo.
- Advogado: Presidente, vamos precisar de um bom álibi, pois a situação é muito complicada. O senhor nos meteu numa rabada, num fumo de rolo daqueles. Dessa o senhor não escapa. No máximo, vamos tentar lavar a cagada com a água do vaso.
- Bozo: Complicada? Como assim, porra? Se os senhores dizem agora que sou “presidente", eu mando nesta merda. Aquele “nove dedos” é um golpista, um impostor. Um pinga mole! Ele tá achando que o Palácio do Planalto é sede de sindicato, que eleitores são trabalhadores.
- Advogado: Calma! Nós agora somos o seu único ministério remanescente, o da Defesa, nossos recursos são parcos, temos que dançar conforme a música do compositor e maestro, Alexandre de Moraes. E ele é especialista no “chorinho".
- Bozo: Sempre joguei dentro das quatro linhas, tá certo que escalei juiz, rasguei o livro de regras e até tentei comprar o campo, mas ficou nisto, caralho. Perdi até o jogo!
- Advogado: O senhor vai ter que dizer que a culpa é da Morfina. Combinado? Ela vai nos salvar. Morfina, entendeu?
- Bozo: Morfina? Que diabo é isto, a Micheque vai me comer o fiofó com areia e pimenta. Já me empurraram uma tal Damares, e quem levou o pau da goiaba fui eu.
- Advogado: Não se preocupe, ela será a nossa salvação, e a do Senhor também. Vai dar tudo certo... Lembra da música lá da igreja. “Sei que a vida não é só de momentos bons. É, há tempos difíceis, a vida é mesmo assim. Mas se a gente colocar a nossa fé em ação, vai dar tudo certo”. É a predileta da Santinha, a sua mulher.
- Bozo: Puta que o pariu, já tive três mulheres, agora vocês me arranjam esta amante? De onde ela é? Quanto vai custar o programa? Vão ter que buscar “Viagra” no Exercito, pois ando falhando nas marchas. A pipa aqui, nem com furacão ela sabe. Morfina, por acaso é irmã da Cloroquina?
- Advogado: Não, não é nada disto, não vamos colocar o senhor em apuros, se algum dia o senhor desabrochar de novo, podemos dar uma ajudinha. Mas não será a Morfina.
- Bozo: Porra! Fala logo, eu preciso sair desta confusão, pois tem uma tal CPMI já de olho em mim, dela eu não escapo, vão montar, meter o chicote, passar a espora, e ainda vão colocar capim para eu comer. Será o meu fim definitivo.
- Advogado: É preciso fazer cara de bundão para ficar diante do delegado, de faz de conta. Nada de novo. Por segurança, vamos deixar um rolo de “papel higiênico” com o senhor, caso solte alguma merda, limpe imediatamente. Fique atento, pois o seu cérebro é solto, expele excrementos sem que o senhor perceba.
- Bozo: Cambada, vocês estão me zoando! Eu nem preciso fazer cara, eu sou um bundão confesso. Fazer aquela lambança toda lá em Brasília, e dar nisto aqui... Tem cheiro de traição no ar, os infiltrados que contratamos foram traíras.
- Advogado: O senhor vai ter que dar uma de santo, pois a Polícia Federal do Lula é diferente, e o delegado não é de mentirinha.
- Bozo: Santo? Seus merda, eu sou o Messias, estou acima de qualquer santo. Eu fui afogar minhas mágoas no boteco do Trump, ele me disse para relaxar, pois também passa por isto.
- Advogado: Finja ser humilde, se precisar, disfarce, passe cuspe nos olhos para dar a impressão de lágrimas. Esfregue bastante, pois o choro move montanhas.
- Bozo: Tá bom. Vamos decorar esta porra, mas não coloquem palavras difíceis, pois vocês sabem da mínima dificuldade com elas.
- Advogado: “Não fale mais nada além do objeto, no caso o vídeo, responda apenas que estava sob efeito de medicamentos, e pronto.
- Bozo: Mas e a tai Morfina, cacete? Se ele perguntar, o que respondo?
- Advogado: Diz que o senhor vai apresentar ela em vídeo anexo ao depoimento. Diz que não a conhece, que apenas a usou para aliviar as pressões. Que foi na cama de um hospital.
Já na sala do delegado, o clima é de tensão, todos em silêncio, o Bozo, acostumado a tagarelar, dar gargalhadas, contar piadas sem graça, agora tá viajando, lembrando de quando ele dava ordens.
- Delegado: Aqui só aceito ser tratado como doutor, portanto, contenha-se. Diga seu nome.
- Bozo: Jair Messias Bolsonaro, me chamam de Mito, de Messias, doutor.
- Delegado: Não lhe perguntei sobre dotes ou apelidos.
- Bozo: Desculpa, doutor.
- Delegado: Onde estava o senhor no dia 08 de janeiro de 2023?
- Bozo: No dia 08/01/2023, passei mal com obstrução intestinal, estou tendo que comer e beber produtos à base de Lula.
- Delegado: O senhor postou o vídeo em analise?
- Bozo: Foi sem querer querendo, doutor, foi mal, tava doidão. Eu sou meio retardado.
- Delegado: E este óleo escorrendo na cara do senhor? O depoente precisa de médico?
- Bozo: Não, doutor, é Óleo de Peroba que a Micheque passou para retocar a maquiagem.
- Delegado: Sobre as fraudes nas urnas, tem algo a dizer?
- Bozo: Vou ficar em silêncio, as eleições de 2022 são páginas viradas, rasgadas e eu tenho que engolir.
Face a opção de silêncio, o depoimento foi encerrado, o Bozo saiu pela porta dos fundos, escondido. Os advogados foram se explicar com a imprensa.
- Doutor, ele afirmou: “Todo mundo vai morrer um dia, não adianta fugir disso. Tem que deixar de ser um país de maricas”, que medicamentos ele tinha tomado? Rivotril?
- Quando ele deu gargalhadas imitando um paciente com falta de ar, era efeito Morfina também? Ou era outra medicação?
- E quando ele disse: “Infelizmente, algumas mortes terão. Lamento, essa é a vida”, era efeito Ivermectina? Ou Cloroquina?
- Doutor, e quando ele tentou explodir a caserna, ele estava sob qual medicamento? A banca se lembra?
- Como os senhores avaliam o comportamento do depoente?
- Advogado: Como teatro, foi um belo espetáculo, foi a “Opera do Malandro", como depoimento, foi um desastre, como defesa, um fiasco, como verdade, foi uma grande mentira.