Lula taxa Shein, ou Lula não taxa Shein?!

Antes de mais nada, e antes de tudo: não sei se escrevi Shein com a ortografia correta. Shein não é um verbete do meu caro Aulete, nem do meu igualmente caro Aurélio, tampouco do meu também caro Silveira Bueno, os três valiosíssimos. Se os três mestres do idioma pátrio desconheciam a palavra Shein, então ela não existe. Boa justificativa para a minha preguiça, convenhamos.

Seja Shein, seja Xein, seja Chein, seja Schein, seja Xhein, seja Sheim, seja o que quer que seja.

"Lula, aquele! tachou Shein, que para o Brasil traz mercadorias meide in Tcháina (ou Tsháina, ou Txáina, ou...)."

Tachou, não: taxou.

"Que mal há?!" - responde-me, interrogando-me, desafiador, um eleitor do Lula. - "Tem de taxar, mesmo! Assim, recolhe-se mais impostos, que serão aplicados, para benefício das pessoas que o capitalismo explora e oprime, e favorece-se a indústria brasileira, que a concorrência neoliberal chinesa está a destruir. Tem de taxar, mesmo!"

"Li, hoje, que o Lula, após uma conversa amigável com o Xi Jinping (ou Xiji Ping, ou Chigipingue, ou Shigjiphinghi, ou...), não irá mais taxar a Shein."

Taxar, não: tachar. Quero dizer: tachar, não: taxar.

"Que mal há?!" - responde-me, interrogando-me, desafiador, um eleitor do Lula. - "Não tem de taxar, mesmo! A China é aliada do Brasil. Os dois países, juntamente com a Rússia, a Índia e a África do Sul - e oxalá! dentro de pouco tempo, com a Arábia Saudita, o Irã, o Egito, a Argentina e a Venezuela -, participam do Briques, bloco econômico que faz frente ao imperialismo colonialista estadunidense. Não tem de taxar, mesmo!"

"Então, tá, então."

Cá entre nós: não quero saber se Lula taxa Shein, se tacha Chein, se tacha Schehin, se taxa Ssheim, se taxa a taxa...

Ilustre Desconhecido
Enviado por Ilustre Desconhecido em 18/04/2023
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