O JORNALISMO TEM LADO
Jornalismo tem que ter responsabilidade social. Não é para colocar mais dúvidas na cabeça das pessoas, e, sim, esclarecê-las à luz da verdade. Todos os dias, existem histórias para se contar. O assunto deve ser checado, pesquisado e confrontado. O jornalismo tem lado. Ele consiste naquilo em que acreditamos ser verdade. O desafio é formar uma consciência crítica e não alienar pessoas. O jornalista conta o que sente. Não vejo função meritória, em denunciar um mal feito, sem contribuir com a sua resolutividade; é falta de compromisso, civilidade e profissionalismo. Jornalismo não existe para desqualificar pessoas ou instituições... Existe para cobrar que se faça justiça agindo como defensor dos direitos humanos. Não confunda o real significado do que é notícia. O jornalismo não cria fatos... Eles eclodem no seio da sociedade e são publicados na imprensa à partir de relatos das fontes sob comprovação dos dados e longe das padronizações. E para fugir da parcialidade, convidamos alguém que não é parte interessada. É assim que diz a cartilha do bom jornalismo. Não coloque na vala comum uma categoria que ao longo de sua existência foi testemunha ocular dos principais acontecimentos deste país, simplesmente, por não acompanhar os seus interesses políticos. A notícia é um bicho de sete cabeças que não se esgota em si, quase sempre ressurge com seus significados e intenções que precisam ser interpretados com o auxílio da linguagem jornalística, com propriedade intelectual e com o rigor da ética. Não há "achismos" no universo da razão. O jornalista não é um bruto, ele tem as suas preferências; só não deve se deixar contaminar para não comprometer o conteúdo e perder a isenção. Eu não escolhi essa profissão para ser igual. Se erro é por incapacidade técnica, não por má intenção; e conto com as críticas para me corrigir e com a humildade para me retratar, visto que devemos buscar melhorar não só como profissionais, mas acima de tudo como pessoas.