O PACTO SOCIAL

Enfim, frente ao que temos hoje no dia a dia da Nação: o povo humilde terá ou não como prover o sustento de si e de sua família?

Se este provimento minimamente não for satisfeito, que razão haverá para que exista o comando governamental de um povo à busca de ser verdadeiramente uma nação?

Neste momento, em vários recantos do país, geralmente no seio das famílias menos aquinhoadas, há três gerações com fome e sede de mudanças, ansiando por um risonho porvir.

E este se traduz na singeleza de assegurar-se quatro ações humanas – trabalhar, comer, beber e dormir – com um mínimo de dignidade e antever alguma perspectiva de bem-estar futuro.

É o mínimo que pode aspirar um brasileiro para que o vivente possa ter orgulho de sua cidadania.

Afinal, será o famigerado Contrato Social (1762) de Rousseau, acatado no que couber como justiça ainda que tardiamente no mundo da realidade fática, possível regulador de princípios da vida em sociedade, neste século 21?

Cuidado e muito, que o povo do gueto pode descer para o asfalto não só para exigir explicações.

Cuidem os donos do circo que os animais, quando sentem fome e frio, não conseguem entender nem apreender a conversa.

MONCKS, Joaquim. O CAOS MORDE A PALAVRA. Obra inédita em livro solo, 2023.

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