FILOSOFIA POLÍTICA BRASILEIRA PORCA

FILOSOFIA POLÍTICA BRASILEIRA PORCA

Não fosse a cartilha de Maquiavel que alimenta a ideia de prevalência no poder, poderíamos dizer que a filosofia política brasileira tem uma característica própria, o que em suma, é uma via de duas mãos. Uma via é aquela em que o poder econômico exige para que o capital funcione, e a seu pretexto crie emprego e distribua as rendas. E para que a boa política seja sustentada, pouco importa o poder, mas que, através da política, se crie a segunda via – o que nada mais do que, sustentar o poder dos mais ambiciosos, embasados na teoria de Maquiavel, em que destaca a importância de se manter no poder, ou seja, do governante manter-se no governo, para que o Estado e a ordem social sejam preservados. Na verdade, os Bancos e grande parte do empresariado, são os que determinam o caminho a ser perseguido, para tanto ditando as regras, distribuindo dinheiro fácil – seja financiando campanhas, seja contribuindo com os percentuais dos projetos convenientemente vencedores nas licitações de fachada. “Pão e diversão”, essa é a parte que não pode faltar ao povo, tudo tem calendário e ocasião própria. E como a mídia é também sustentada pelas mesmas benesses, não há o contraditório, todos são concordes com a política, ou seja, cada um defende o pedaço do bolo – o que é muito maior que, por exemplo, o que revela a “lava Jato”, maior que o “petrolão”, maior que o “mensalão”, maior que os “anões”. Diga-se de passagem, a esse governo de apenas sessenta dias o quanto dano já vem causando ao país, e como distribui dinheiro de forma escancarada. Uma CPMI é instaurada e logo começa a compra de voto na tentativa de que a verdade sobre o 8 de janeiro não seja revelada. Como pode isso acontecer, são 13 milhões, 60 milhões, como se fosse dinheiro de um cafezinho. Afinal de contas, esse dinheiro que pertence ao povo brasileiro não depende de discussão, votação, fiscalização. É tão fácil assim? Filosofia política brasileira, onde basta enganar o povo nas “eleições”, o que antes a gente nem sabia, e depois um ilustre Ministro faz chacota com o povo: “eleições não se ganha, se toma”. Tomaram mesmo! Diremos nós: Há desgraçado, prevalece neste tempo, mas a sua desgraça será sentida mais na frente, covarde, lobo mal, devorador da liberdade – sustentado pelos companheiros urubus de toga. Nossa filosofia política construiu um sistema próprio, que basta ao “eleito” entrar no sistema e logo as ofertas começam a surgir, e com a boa escola dos águias – múmias do poder, ali se perpetuam, os danados não caem, não morrem para a vida pública, não larga o osso – miseráveis! É tanta indignação, que a gente acaba perdendo o brio, e uma vontade de encontrar os piores adjetivos para essa gente má e perversa. Se é um fenômeno brasileiro, é melhor deixar para que um cientista político nos ajude nessa compreensão. De cabeça quente e coração revoltoso, até as palavras nos faltam, ante tanta revolta. Brasileiros incautos, criaram um porquinho de estimação, o tiraram da lama dos sindicatos, deram uma roupagem nova e logo parecia ser um fenômeno – o porquinho agora cheiroso e bem vestido, “palestrante” analfabeto, parecia ser um grande milagre. Nos primeiros quatros anos, parecia ter abandonado o chiqueiro, acabou ganhando mais quatro anos. Brasileiros desavisados, pareciam estar felizes com seu porquinho. Viajavam para a Diney, Europa, parecendo estar tudo em ordem no país. Por um pouco, uma porca convidada, quase engana a todos. O porquinho novamente voltou ao chiqueiro. Moral da história: a natureza do porco é viver na lama, de nada adianta querer muda-lo, é porco.