NO BRASIL, UM VAZIO DE MORTE

NO BRASIL, UM VAZIO DE MORTE

Quando parecia estar a salvo, o barco ficou à deriva e a tempestade não parou. O perigo iminente de que irá afundar, o dia se vai, e as horas avisam que as trevas logo estarão cobrindo o céu. Densas nuvens sopradas pelos ventos, como se fossem ser dispersadas. Carregadas do anunciado perigo, raios e trovões pipocam na abobada celeste, como se a esperança de chegar do outro lado já não mais seria possível. Toma conta de todos os navegantes um vazio de morte. O Brasil humilhado vai ficando no escuro e ninguém sabe explicar como vai ficar a casa invadida por um ladrão descondenado. À deriva, permanecem alguns empresários tentando vencer a tempestade, outros já se atiraram à negra escuridão, sem condições até mesmo de salvar a si e seus cooperadores. Assim, a tempestade vai levando tudo que encontra à sua frente, alcançando os pobres cidadãos que ao sair de casa cheios de esperança, julgando levar a boia de salvação, quando de inopino foram encurralados num beco sem saída. Coisas estranhas começam a ser anunciadas – prisões, processos judiciais, cidadãos tratados como terroristas enquanto os verdadeiros terroristas executam seus planos maquiavélicos. Mequetrefes da vida alheia, com a finalidade de amedrontar mais de sessenta milhões de brasileiros, ameaçam se apropriar das poupanças, calar a boca de todos, coloca-los de joelhos em reverência aos 37 semideuses ministeriais, somados a mais 9 superdotados do STF. O desespero dos que foram injustamente trancados, embora suportando o frio, sede e fome, começam a enxergar nas suas miragens a mão estendida querendo alcançar as mãos sujas dos “amotinados”, “terroristas”. Um vazio de morte faz também enxergar uma foice e um martelo sendo trazido pelas longas mãos cadavéricas, com dedos de unhas compridas, oferecendo um tríplice e fraterno abraço. Talvez seja esta a visão de muitos incautos. Todavia, para os cristãos, não lhes assusta uma fornalha não capaz de queimar homens e mulheres de Deus; leões não tiveram apetite frente aos protegidos de Jeová; nem o poderoso Faraó foi capaz de deter o povo escolhido. Portanto, na visão dos cristãos, nenhum ser humano é tão capaz, para se manter acima dos atos poderosos de Deus. Ele pode suscitar a vida aos ossos secos, em favor do seu povo (Israel) visando a restauração do novo Israel, ao que se vê numa visão dada ao Profeta Ezequiel quando falou sobre a volta do exílio: “Veio a mim a mão do Senhor, e ele me fez sair do Espírito do Senhor, e me pôs no meio de um vale que estava cheio de ossos. E me fez passar em volta deles; eis que eram numerosos sobre a face do vale, e eis estavam sequíssimos. E me disse: Filho do homem, porventura viverão estes ossos? Eu disse: Senhor Deus, tu o sabes. Então me disse: Profetiza sobre estes ossos: Ossos secos, ouvi a palavra do Senhor. Assim diz o Senhor Deus a estes ossos: Eis que farei entrar em vós o espírito, e vivereis. E porei nervos sobre vós e farei crescer carne sobre vós, e sobre vós estenderei pele, e porei em vós o espírito, e vivereis, e sabereis que eu sou o Senhor.” (Ezequiel 37) Levou tempo para que o propósito fosse realizado, mas, no fim, foi cumprido. Por enquanto o brasileiro passa a viver o seu exílio, embora estando dentro de casa. Enganados pelo inimigo, tentando fuga em momentos de tempestade, foram colocados num vale de ossos secos, daqueles que os antecederam e que morreram lutando por um país livre e democrático. Hoje, embora vivos, alguns experimentam a prisão num centro de concentração, exilados de suas famílias, não entre ossos secos, mas suportando a fedentina da sujeira, da falta de um bom banho, da cama macia do aconchego de seus lares. A tempestade não parou, o perigo jaz à frente, mas o barco não afundou, ainda se vê e se ouve raios e trovões de uns tantos loucos que querem derrotar este povo, impor um regime de ditadura e um comunismo cruel. Isto deixa um vazio de morte, mas é preciso lembrar, o mesmo Deus que suscitou vida aos ossos secos na visão de Ezequiel, pode operar ainda hoje. Temos medo? Sim! Podemos perder a nossa liberdade? Sim! Sentimos um vazio de morte? Sim! Pois que, nada acontece que nos dê esperança. Em Deus, Sim Quem sabe, se serão suscitadas vidas aos ossos secos das FA, do STF ..