A FRUSTRAÇÃO

A FRUSTRAÇÃO

Carlos Roberto Martins de Souza

Após os resultados do primeiro turno, com a derrota anunciada do cristão e homem “dos deuses”, Boçal Nero, baixou um sentimento doentio de “FRUSTRAÇÃO” no rebanho, a palavra derrota, pela primeira vez, foi incorporada ao vocabulário do Minto. Com aquele papo furado de espertalhão politico, ele usou Deus como avalista, ao afirmar que só sairia da cadeira presidencial se Ele, o Divino, o tirasse dela. Nota-se que a frustração com a certeza da derrota já era latente e provocava delírios. Vem o brado retumbante de um Capetão a seus comandados, a boiada: O gigante acordou. Ou melhor, foi acordado, “bipolar” e mal-humorado. O show de horrores recebia seus primeiros capítulos, todos escritos sob a pena das mentiras e das noticias falsas. A ordem expressa era não aceitar a derrota de forma alguma, na expectativa que uma fantasia de "Sessão da Tarde" se concretizasse. E há uma razão, Broxonaro sabe que uma pessoa frustrada é capaz de tudo, vai de “ajoelhar e rezar para um pneu” a promover o terror, para ela qualquer coisa bizarra e fora dos conceitos de comportamento humano servem para preencher os vazios de uma alma frustrada. Desde o primeiro dia de mandato, a horda bolsonarista eleita em 2018 deixou claro que seu projeto de poder olhava para além dos quatro anos constitucionais. O sonho era “forjar" um país “CRISTÃO”, e para isto foram usados jargões capazes de causar conforto em mentes frustradas, assim, “Deus, Pátria e Família” passou a ser um mantra de consolo e de sonho de quem não tinha convicções seguras de seus desejos político. Numa parceria com raízes sólidas na ditadura, igreja evangélica e políticos golpistas e criminosos, juntos construíram estratégias que levariam multidões a acreditar cegamente que aquele era um “projeto de Deus", e não de políticos. Estes eram apenas instrumentos do Divino. O maior bando de cangaceiros políticos estava formado, sob o comando do Capetão Boçal, eles estavam dispostos a tudo para impor o cangaço religioso como padrão político no Brasil. Com sua capacidade de atirar... merda continuamente, iluminando as mentes doentias com seus tiros perfumados de ódio, o demônio foi capaz de arregimentar um numeroso exército, era o “BANDO DOS FRUSTRADOS", ali tinha crentes fracassados, que aliás era a maioria, e que Deu respaldo, assinando embaixo de tudo que foi planejado pelo Capetão, depois criminosos que viram no comando alguém com quem se identificavam, no caso Boçal Nero, um ex-paraquedusta que tinha habilidades com o crime, e que tinha um círculo de amizades com raízes nos morros do Rio de Janeiro. Havia também os desmiolados, os tradicionais “Maria vai com as outras", gente que não sabe o que quer, e aceita qualquer proposta para satisfazer suas paixões não realizadas. O maior movimento criminoso estava em marcha, procrastinadores crônicos da violência e do terror, sabiam exatamente o momento de, num golpe contra a democracia, tentar impor seus desejos. Pessoas que se recusam a conviver com a realidade, elas tomam o sonho como real e por ele se vendem a qualquer um que ofereça algo, mesmo que aos olhos de qualquer pessoa provida de racionalidade, seja uma armadilha. O desastre anunciado não causa nenhum temor a um frustrado. É interessante ressaltar, num país onde há mais igrejas do que escolas, onde se abre mais templos do que instituições de ensino, fica fácil cooptar “guerreiros" para qualquer batalha, principalmente para aquelas que possam dar publicidade aos soldados. A maior facção criminosa do Brasil estava formada, comandada por lideranças religiosas evangélicas, os templos foram transformadas em “Comitês Partidários”, todos os templos foram convertidos em balcões bolsonaristas, neles não se aceita opositores, e tais são tratados como filhos do diabo. Jamais passou pela cabeça vazia dos frustrados a hipótese de derrota, no tabuleiro de jogo a vitória era certa. Óbvio, o rebanho foi doutrinado a acreditar na falácia, no caso, a mente vazia se transformou em oficina de Boçal Nero. A maior arma contra a frustração, seria a própria realidade. Se reconhecer, reconhecer o mundo a sua vontade, e evitar ser levado pelas tentações, pelo abstrato, pela paranoia, pela ilusão, pela fantasia. Mas, mas como burrice não tem cura, se valer de paliativos é a única alternativa. Veio a decepção, capitaneados por revoltosos, liderados por terroristas, os eleitores de Bozo resolveram tomar o poder à força, pois a frustração estava causando humilhações nunca imaginadas. Sem história própria por preservar, pois nos últimos anos não há registro de participação em guerras, os militares desempenharam o papel de abnegados servidores do sistema. Afagados, bajulados e comprados pelo Capetão terrorista, a tropa resolveu agir em prol de tornar factível o sonho de tomada do poder. Aqui também fica clara a “FRUSTRAÇÃO” da tropa, carregando no peito a sede de combater um inimigo que nunca existiu nos campos da batalha bélica, as Forças Armadas resolveu criar seu próprio inimigo, a “DEMOCRACIA”, era a chance de mostrarem suas habilidades militares, mas ao que tudo indica, por falta de unidade e de unanimidade, falharam, e veio então o fatídico 8 de janeiro de 2023, e sob os olhares de muitos “TRAIDORES" de Duque de Caxias e da Pátria, bandidos, sobe a “ pretensa projeção" de Deus, os bandidos, terroristas e covarde, resolveram mostrar o tamanho da inteligência que tinham, e para expor isto, destruíram o que viram pela frente, e fizeram dominados pela frustração e pelo abandono do patrono do projeto, o demônio Broxonaro. Agora, com centenas na cadeia, outras centenas desfilando com tornozeleiras, e milhares esperando a justiça colocar seus nomes como co-participantes nas destruições, o exército de frustrados veem seus sonhos sendo levados ao vento pelas tempestades da Constituição aplicada na forma da lei. Depois dos acampamentos onde velhos solitários, aposentados, jovens evangélicos barulhentos, artistas sem arte, jornalistas sem expressão, advogados, professores, empresários, despachantes, vagabundos, pastores, cantores gospel, e vigaristas, políticos se encontravam para celebrar Bolsonaro ou lamentar a vida... agora resta o medo e a certeza de que o bolsonarismo foi uma grande ilusão, um jogo de trapaças e imoralidades, um golpe que está custando caro para aqueles que, dominados pela FRUSTRAÇÃO, se venderam ao conto de fadas dos espertalhões. Eu recomendo, reconheça a queda, dá a volta por cima, levanta, sacode a poeira, não desanima, quem sabe ali na esquina você não encontra outro Mito querendo fazer uma parceria com você. Ou, quem sabe, na sua igreja seu pastor ou líder espiritual não vá “INVENTAR" um novo MESSIAS para empurrar por sua goela abaixo como aperitivo espiritual. Pense nisto! Dor de cabeça, “tomou Doril, a dor sumiu", já a dor de cotovelo, para esta o remédio é enfiar o rabo no meio das pernas e sofrer as consequências advindas da burrice.

Carlos RMS
Enviado por Carlos RMS em 02/02/2023
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