Marrocos entre a Organização da União Africana e Cooperação "Sul-Sul"

A África constitui o continente o mais jovem da áfrica, com mão de obra e matéria prima, o que torna esta parte do mundo atraente, ocupando um lugar importante e avançado na política externa dos países da união, caso do Marrocos, após o seu retorno a esta Organização da União Africana, através a qual tem sido capaz de desenvolver suas relações com os países do continente no plano político, econômico, esportivo e cultural.

Para isso, foi possível anotar ao longo dos anos, a capacidade e recursos desenvolvidos em prol do continente, e num quadro da solidariedade e parceria, reforçando a estrutura de paz e segurança no continente.

A política de solidariedade que Marrocos tem seguido com os países africanos no quadro da cooperação Sul-Sul é considerada como um mecanismo eficaz para atingir os objetivos de desenvolvimento, tornando as relações de Cooperação Sul-Sul, uma alavanca estratégica da política externa, o que se insere no quadro de uma visão estratégica e integral, assentada no reforço do desenvolvimento humano, da promoção da paz, da segurança e estabilidade, objeto da integração económica regional e continental, baseada numa lógica ganha-ganha e espírito de solidariedade, através de mecanismos mais adequados e eficaces.

O rei Mohammed VI de Marrocos, havia mencionado numa mensagem, aos participantes na reunião da Assembleia Africana dos Ministros das Finanças e dos Governadores dos Bancos Centrais dos Estados africanos, membros do Banco e do Fundo Monetário Internacional, na ocasião deste encontro internacional na cidade de Marrakech, objeto da cooperação Sul-Sul, sendo a melhor forma de melhorar as condições económicas dos países do continente africano. Cuja experiência de Marrocos reconhecida por um conjunto de países, através de suas técnicas promissoras e estratégicas, pioneiras em vários campos e programas, relacionados com a cultura, a educação, o esporte e o desenvolvimento sustentável.

No mesmo contexto, o Marrocos, durante anos, demonstrou grande interesse pelas questões do continente africano, através de múltiplas visitas régias, participando em cimeiras e reuniões africanas, ativando o papel da diplomacia a nível continental, coordenando com os países do continente em conferências e fóruns conjuntos internacionais e regionais, além de propor Iniciativas destinadas a servir as questões africanas, desenvolver os programas sociais e econômicos, objeto de avanço, através essencialmente da parceria económica em diferentes domínios sociais, políticos, e estabilidade e segurança.

Assim, o Marrocos, nos últimos seis anos, tem conseguido com base nos seus laços históricos para com o continente africano, restaurar o seu status e seu papel de liderança na União Africana, isso foi por meio de sua presença e participação em órgãos sindicais e organizações especializadas comitês dos quais foi emanado, cujos impactos diretos e tendências são cada vez mais claro e adequado em relação ao papel histórico de Marrocos no continente, representando em consequência um número importante de órgãos da União, sobretudo no Conselho de Segurança e Paz.

A própria posição geográfica do Marrocos, seja no norte da África, entre as duas margens do Mediterrâneo e do Oceano Atlântico, e na encruzilhada entre a África, a Europa e o mundo árabe, proporcionando-o um poder particular, ao desempenhar um papel fundamental no campo da cooperação Sul-Sul, e um dos principais pilares da política externa.

Uma vez que a entidade intrusa da pretendida República RASD [Frente Polisario], na União Africana, continua suscitando indignação de alguns países africanos, a titulo de instrumento de confusão dentro da organização, além de ser um obstáculo ao desenvolvimento no continente africano, decorrente do equívoco praticado em 1984, a Organização da União africana aceitar ingressar este RASD, apesar da falta dos elementos de um Estado conforme estipulado no direito internacional e Carta das Nações Unidas.

Tal fato levou várias figuras políticas e diplomáticas africanas a reivindicar uma emenda por parte da direção da União, capaz de eliminar esta entidade imaginária da organização, como um passo essencial é pré-requisito para o retorno da neutralidade e credibilidade da Organização da União Africana.

Isso vai sem dúvida ser um fato determinante importante para o lançamento de um dinamismo continental que alcance a unidade, o desenvolvimento e o avanço de África, uma vez que a manutenção da {Polisario} dentro da União Africana, constitui um obstáculo ao desenvolvimento sustentável, dificultando o processo de consenso a ser alcançado entre os países da União Africana face a algumas questões cruciais e guerras fratricidas africanas.

Lahcen EL MOUTAQI

Professor universitário- Marrocos

ELMOUTAQI
Enviado por ELMOUTAQI em 31/01/2023
Reeditado em 31/01/2023
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