Jordan Peterson, reeducado. O que é a tal Democracia? Representantes do povo. Nota breve.

Li, e li com um gosto amargo na boca, um artigo que dá a notícia: o querido Jordan Peterson, autor do livro Doze Regras para a Vida, de ótima, e merecida, vendagem, homem odiado pelos espíritos-de-porco, intelectual que já vi em palestra com ninguém mais, ninguém menos, Roger Penrose, foi julgado por incorrer em desavergonhada manifestação de pensamentos que não estão em conformidade com o manual politicamente correto, condenado a ser reeducado, e por pessoas que sabem o que é melhor para o mundo, pessoas que conhecem o outro mundo, o melhor, o outro mundo, que é possível, mundo sem fronteiras, com inúmeras pontes a conectar todos os povos. Sim! Jordan Peterson ousou falar o que pensa, num país, o Canadá, cujo el comandante atende por um nome que o mundo está aprendendo a ver com maus olhos, e o que ele, Jordan Peterson, pensa não agrada aos ouvidos hipersensíveis dos floquinhos-de-neve, gente dotada de sentimentalismo hiperbólico que se ofende com toda e qualquer coisa e com coisa nenhuma. E destaca-se: o conselho de psicologia, ou algo que o valha, do Canadá é que pediu pela punição: ou o Jordan Peterson aceita ser reeducado, ou terá cassado o seu direito de exercer a psicologia. Estão a caçar o nosso amado Jordan Peterson. Para surpresa de quantas pessoas tal despautério está a se dar no Canadá, país que, porquê rico, é visto por não poucas pessoas como um modelo muito bem acabado de nação democrática, justa, um exemplo de civilização que os brasileiros deveríamos, obrigatoriamente, seguir. Alegam: Jordan Peterson disse o que não devia. Mas o que ele não devia dizer?! O que dizem os patrulheiros dos bons-modos, os agentes da polícia do pensamento orweliano, que não se pode dizer nem aqui e em nenhum outro planeta. Ora, move tal gente o desejo de eliminar da face da Terra toda e qualquer pessoa que não se genuflexiona diante do livro sagrado politicamente correto e que, recusando-se a pôr-lhe a mão em cima, tampouco reza a cantilena progressista; não podendo, todavia, entretanto, porém, reduzir Jordan Peterson à pó, tamanha é a fama dele, intentam excluí-lo da vida pública, e para tanto usam de uma arma: o assassinato de reputações. Arma esta associada à outra: punições financeiras: subtração de seus meios de sustento e multas pesadíssimas se o condenado não cumprir o estabelecido em decisão judicial. Todas essas ações, é claro, e ninguém há de negar, visam o bem-comum, o bem da sociedade, da coletividade, instituições, estas, infalivelmente evocadas quando se quer massacrar o indíviduo humano, a pessoa humana, o ser humano.

Aqui, chegamos a um ponto, que nos obriga a perguntar: O que é a tal democracia, cantada em prosa e verso, em todo canto de nosso ocidental mundo?! Vê-se um verniz de liberdade. Um jogo de aparência. Fosse o caso sucedido em um dos notórios países desgovernados por um ditador, Jordan Peterson ou teria arrebentado seu nariz num paredón, ou apodreceria numa fétida masmorra, ou beberia, voluntariamente, claro, chá-de-sumiço. Mas num país democrático, ocidental, tem a mulher de César de parecer ser o que não é: respeitadora dos princípios democráticos.

A pessoa perspicaz, que não se deixa mesmerizar pelas palavras elegantes e tampouco se embriagar pela oratória retumbante dos que se intitulam representes da liberdade e da justiça, entende que estão as nações outrora modelos de civilização caindo de podres. Democracia, no Canadá?! Ora, democracia não é a perfeição que muitos fetichistas pensam ser. A palavra democracia transcende valores universais, uma aura paradisíaca, entendendo o fetichista que ela, a palavra, por si só, faz da coisa nomeada, que não é algo concreto, facilmente identificável, uma realidade, algo existente no mundo real. E tão iludidos estão com a tal democracia, que muitas pessoas acreditam que os políticos eleitos, e eleitos pelo povo, representam do povo a vontade. Que ilusão!

Ilustre Desconhecido
Enviado por Ilustre Desconhecido em 26/01/2023
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