“L” DA LAMBANÇA
“L” DA LAMBANÇA
Simplesmente estonteante as iniciativas dos então “ministros” do caos, além da demonstração de incompetência, cada um a seu modo procura demonstrar uma sede de sangue, vingança, desforra, como se tivessem à sua frente verdadeiros inimigos. Não somos mais brasileiros? É o vermelho contra o verde-amarelo? Se é uma facção, pelo menos do lado dos conservadores não existe. Agora é assim? Já chegam mostrando os dentes? Por que da ficha suja a gente já sabe. Fosse no sentido popular da palavra, se diria que é o que se pode lamber ou comer, nada disso. Mas quando se diz das atrapalhadas demonstradas, pode ser um trabalho malfeito; melhor ainda, uma trapaça ou batota que se faz num jogo; ou talvez, indolência, preguiça. Logo, se juntar tudo, pode ser traduzido como “L” da Lambança. O tal ministro, fortão, bonitão de duras palavras, agora concorrente do STF, começa a dividir a cota de poder, já chega atirando para todos os lados como se fosse um avatar – um ser divino vindo das entranhas da terra, assumindo a forma humana, com super poderes. Que isso amigo? Até o ex-ministro Meirelles se diz arrependido do que fez, e deste modo, as pessoas que brincaram com a esquerda já começam a cacarejar, sentindo o que ajudaram a construir – fizeram o “L” da lambança e agora quem foi a favor e quem foi do contra sofre as mesmas consequências – está instalado o “L” da lambança. Deste modo, se não houver uma resposta a altura da necessidade, o Brasil vai para o abismo. Pior que, da forma que está sendo conduzida a nação, isso me cheira uma reação social sem precedentes, haja vista que as rodovias voltaram a ser fechadas, e desta vez de forma radical, não necessariamente as rodovias, mas fechamento dos postos de gasolina – uma forma mais radical – sem combustível os carros de um modo geral não terão como prosseguir viagem. Não é que isso seja favorável a alguém, ambos os lados sofrerão as consequências de uma paralização desse porte. Mais ainda quando a reação do povo se volta não para além dos quarteis, em direção ao Congresso. Uma inevitável confrontação se apresenta assustadoramente, o que será o estopim para um conflito imprevisível com muita violência. Ou as Forças Armadas impõe a ordem, e convoca novas eleições, se for o caso, tendo em vista a comprovação da fraude havida, ou que se atribua a vitória a quem de fato foi eleito através da maioria dos votos. Uma coisa é certa, de não for imposta a ordem, será o caos. Quanto a lambança, essa já está feita, dizem até que, quando a demonstração de coragem é demais, significa que o medo é ainda maior. Se acreditaram que eleições não se ganha, se toma, o precedente é também favorável aos que foram surrupiados. Ademais, a força dos conservadores é muito maior e mais corajosa, e porque não dizer mais inteligente? Ora, ninguém se sente bem quando é roubado – de primeiro plano, vimos um país saqueado (até devolveram alguns bilhões), não fosse verdade, ninguém teria devolvido qualquer quantia. Portanto, réus confessos, e mesmo assim, na marra, fantasiaram uma posse contestada e ilegítima, “tomada” de quem a detinha, como detém por direito. A coisa não funciona assim, e por isso todo país tem suas leis e uma Constituição que rege os poderes em detrimento do bem e da ordem. Somente há lambança nos regimes totalitaristas, que prende qualquer um ao arrepio das leis, ou mandam para o paredão sem o menor sentimento ou compaixão. Quer que fique assim? Faça um “L” da lambança e viva.