UNIÃO, RECONSTRUÇÃO E IGUALDADE

UNIÃO, RECONSTRUÇÃO E IGUALDADE

 

Valéria Guerra Reiter

 

A filosofia é boa conselheira, ela nos entrega a chave da busca incessante pela sabedoria. Nós, progressistas, não devemos torná-la invisível aos nossos olhos, um minuto que seja.

 

Sem tal ferramenta de mensuração, fica muito difícil esquadrinhar, criticar e trazer à tona a ética, ou outra forma de justiça. Quando lembramos do pensamento nietzschiano, em relação as forças reativas, e às forças ativas: clamamos aos céus por mais ativos do que reativos seres humanos.

 

A criatividade é uma potência ativa, magnânima e vascularizada pelo bom senso, e pelo esplendor da equidade. Geralmente, são os reativos que se unem para formatar códigos e leis que na maioria das vezes buscam invisibilizar a criatividade e a beleza da arte, em sua liberdade de ação.

 

Um recorte disso vemos em um filme, chamado Amadeus, de 1984, que mostra a biografia de Wolfgang Amadeus Mozart, o músico que revolucionou o classicismo musical da Áustria, e do mundo. O compositor Antônio Salieri contratado pela corte, lá no século XVIII, tinha um repertório muito bem-comportado, bem técnico, e, portanto, sem o “salzinho” da criatividade, que era o carro-chefe do repertório do jovem Mozart, indivíduo que aos quatro anos já compunha. Nos contam os historiadores que Salieri era um adversário potencial de Mozart.

 

Quem teve a oportunidade de assistir ao filme - que muitos historiadores afirmam ser fato - vislumbraram o quanto o filósofo alemão Friedrich Nietzsche analisou a realidade humana de maneira matemática. Outro filósofo e sociólogo feliz em termos de valoração da igualdade, nos legou o seguinte pensamento: “os circuitos de consagração social serão tão mais eficazes quanto maior a distância social do objeto consagrado”. Meu nobre leitor, se tiver oportunidade assista “Amadeus” e leia Nietzsche.

 

Equilibrar as atitudes ativas e reativas de acordo com os circuitos de consagração social, poderá ser o início da união, reconstrução e igualdade para gerir situações e países, que viraram terra arrasada por catástrofes forjadas por ilusões naturalistas, socialmente adquiridas (construídas). Realmente o campo social é fértil, e beber na fonte de Pierre Bourdieu é dever de casa para educadores, ministros, jornalistas, deputados, garis, pedreiros, enfim daqueles que precisam do conhecimento para se libertar das amarras da eterna e desequilibrada desigualdade. Como é bom romper com o óbvio, que é naturalização dos comportamentos, em se tratando dos “dominantes” e “dominados”.

 

 

#ValReiterjornalismohistórico

 

 

 

 

 

 

 

Valéria Guerra
Enviado por Valéria Guerra em 02/01/2023
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