Medo de Bolsonaro de ser preso precisa ser correspondido pelo Judiciário... -
Josias de Souza
Colunista do UOL
Prestes a perder a proteção institucional que o cargo de presidente lhe oferece, Bolsonaro vive a síndrome do que está por vir.
Tem medo das consequências que podem advir dos processos de que é protagonista no Supremo Tribunal Federal e no Tribunal Superior Eleitoral. Em visita ao STJ, expressou o receio de sofrer uma perseguição.
É preciso que o Ministério Público e o Judiciário correspondam aos sentimentos de Bolsonaro, agora um quase ex-presidente da República.
Não se deve perseguir o presidente.
Ao contrário, é preciso assegurar-lhe o exercício da ampla defesa e todas as salvaguardas do devido processo legal.
Mas convém encostar os atos do personagem no Código Penal e na legislação eleitoral.
OPINIÃO
Medo de Bolsonaro de ser preso precisa ser correspondido pelo Judiciário
Prestes a perder a proteção institucional que o cargo de presidente lhe oferece, Bolsonaro vive a síndrome do que está por vir.
Tem medo das consequências que podem advir dos processos de que é protagonista no Supremo Tribunal Federal e no Tribunal Superior Eleitoral. Em visita ao STJ, expressou o receio de sofrer uma perseguição.
É preciso que o Ministério Público e o Judiciário correspondam aos sentimentos de Bolsonaro, agora um quase ex-presidente da República.
Não se deve perseguir o presidente. Ao contrário, é preciso assegurar-lhe o exercício da ampla defesa e todas as salvaguardas do devido processo legal. Mas convém encostar os atos do personagem no Código Penal e na legislação eleitoral.
É como se vigorasse um entendimento tácito de que ser Bolsonaro já é castigo suficiente para qualquer um. O problema é que o personagem se esforçou ao longo do mandato para demonstrar que não é qualquer um.
Bolsonaro governou o país como um símbolo da estupidez inimputável.
Graças à inércia das instituições, o símbolo jamais precisou responder pelo que simboliza.
O fim do mandato seria um bom mote para o início de uma nova fase.
** Este texto não reflete, necessariamente a opinião da UOL