DO CAOS AO LIVRE PROCESSO DEMOCRÁTICO: O RETORNO DE LULA, VITÓRIA DO POVO.

Ao longo da recente história do processo democrático brasileiro, temos passado por muitas experiências boas e ruins, libertárias ou não, entretanto, hoje, ao olharmos para esse passado podemos perceber que o pior estava por vir, pois as disputas políticas existentes eram mais honestas e respeitosas para com o povo brasileiro e funcionavam com preceitos éticos mais adequados para a boa convivência moral, deixando apenas as questões políticas nos âmbitos de seus posicionamentos partidários se resolverem democraticamente em respeito à cidadania.

Depois de 21 anos do regime militar, lembro bem de uma campanha política com eleição indireta, ocorrida em 1985, entre Paulo Maluf (PDS apoiado pelo regime militar) e o saudoso Tancredo de Almeida Neves (Aliança democrática: frente liberal mais o PMDB, PDT, PTB e PT), que ao final de uma acirrada disputa no Colégio Eleitoral, Tancredo saiu vencedor e, no final do resultado se mostrava a seguinte expressão num dos canais de TV: Vencemos o Mal... uf! Trocadilho maniqueísta malicioso, que porventura, deixou muita gente chateada... Imagine o nível de respeito que existia nesses bons tempos de nossa política.

Atualmente, durante a campanha política de 2022, entre Bolsonaro e Lula, pensarmos nesse tipo de atitude significaria o que exatamente? Bem, eu diria que a referência ao mal, seria hoje um detalhe sem muita importância, chegando até mesmo a ser uma expressão de ingenuidade, sem maiores afetações. Por quê? Ora, por uma razão bem simples: essa campanha insidiosa foi a mais suja, inescrupulosa e violenta dentre todas as demais campanhas políticas, superando em muito a disputa de 2018, que também foi um lixo histórico sem nenhum respeito.

Mas a experiência da campanha política de 2022 foi certamente, sem precedentes na história política brasileira. A começar pela condição de na campanha anterior, terem barrado Luiz Inácio Lula da Silva, a ponto de trancafiá-lo injustamente nas grades, para evitar a sua candidatura àquele pleito, iniciativa vergonhosa, orquestrada por forças internas e externas e executada por um Juiz extremamente suspeito e por alguns membros do Ministério Público Federal versados na corruptela. Apenas dessa forma o Bolsonaro teria a possibilidade de ser vencedor. E, assim ocorreu, para lástima do povo brasileiro, que nem desconfiava do que viria acontecer posteriormente. Triste vida para os mais necessitados sendo expostos por uma política excludente e por uma terrível pandemia.

O Brasil viveu obscuros anos na gestão Bolsonarista, pois não se sabia quem mandava mais, se era o presidente ou seus filhos odiosos. Em todo caso, o que foi conquistado, efetivado ou construído de bom no País nessa gestão inescrupulosa e de má fé? Quais foram às conquistas reais e que legado ficou dessa passagem? Simples questões apenas para refletirmos um pouco e revisitar nossa própria consciência de ser no mundo. Nada é por acaso!

Se o pleito eleitoral de 2018 foi assustador com a disseminação de fake news estonteantes, para enganar os mais incautos, nessa campanha de agora a coisa foi lastimavelmente praticada em puro excesso e com as mesmas inverdades de sempre, alimentando a desinformação e causando sentimentos de ódio e violência, a partir do poder da retórica e das persuasões nas redes sociais de todas as plataformas digitais. Multiplicaram-se as fábricas metódicas de mentiras contra as ideias e ações progressistas, que foram relevadas ao desvaler pelas massas insanas da irracionalidade, promotoras de práticas anárquicas e criminosas em desfavor da Pátria e, principalmente, de seu povo mais pobre.

Como se não bastasse à proliferação das inúmeras falácias fantasiosas, covardes e midiáticas, também houve misturas religiosas com o âmbito político na esfera que beirou a irresponsabilidade da servidão não cristã e divinizada; o retorno do racismo com divisões que promoveram uma verdadeira apartheid brasileira, tudo em nome de uma política partidária doentia, daqueles que não sabem ganhar nem perder, contra a decência ética simbolizada pelo prisioneiro mais injustiçado dessa nação: Luiz Inácio Lula da Silva, o nordestino do povão, pai dos pobres, como muitos afirmam. Esse homem, mais que isso, esse líder democrático, herói não apenas nosso, enfrentou todas as mazelas humanas e venceu a maior operação criminosa já montada pelo Estado brasileiro, com absurda utilização da máquina pública, numa campanha política monstruosa e débil, cujas somas de valores são incontáveis e, portanto, inominável. Lula venceu com uma vantagem de menos de 2%, mas que foi capaz de lavar a alma brasileira, que já há algum tempo se transformara em pária no mundo, tamanha era a sua inoperância e falta de credibilidade.

O esperançar freireano é o sentimento mais elementar que habita a alma do bom e justo cidadão brasileiro que acredita na redenção e no desenvolvimento mais justo e igualitário, que defenderá acima de tudo a vida, presente divino para todos e todas, cujos resultados possam ser construídos com boas e radiantes intenções inspiradoras que respeitem os valores e a diversidade cultural de seus povos, com suas crenças de diferentes matizes, afinal, somos todos um só, estimulados e abraçados pelo Pai criador, que ensina desde sempre, que o amor é melhor e mais produtivo que o ódio.

Nesse nefasto processo político vigente, com toda sua trama malévola, compreendemos que por muito pouco, realmente não perdemos nossa Nação. Aprendemos que apesar das tentativas de macular nossa democracia, através da luta contra as urnas eletrônicas, contra o silêncio do medo, a perseguição ao direito de ir e vir dos nordestinos no dia da eleição do segundo turno, a extrema direita nazifascista que criou o bolsonarismo doentio e abjeto, saindo dos esgotos das redes sociais, vomitando mentiras e criando factóides como a criação dos falsos atentados; o controle das milícias nas comunidades, a dinheirama e ingerências, as interferências políticas indevidas que fraturaram algumas instituições, favorecendo a ilegalidade e cometimento de injustiças, para desequilibrar a disputa eleitoral. Nisso tudo, aprendemos a boa lição de que a justiça existe e que Deus é bom sempre. Na democracia vence quem tem mais votos. É preciso e aceitar o resultado e respeitar o justo processo democrático!

Ao concluir a apuração com a divulgação do resultado da corrida presidencialista na eleição de 2022, as contestações começaram a acontecer, novamente veio à tona, a descrença nas urnas eletrônicas, sob a alegação de supostos usos de algoritmos, coisa sem a menor prova, no que foi o bastante, para iniciarem protestos e ocupações das estradas com a plena inação do Estado de direito, resultando em cometimento de crimes, inclusive com morte. Quem são os responsáveis por tudo isso, ou melhor, quem será corresponsabilizado por tais agruras?

Quando o direito à liberdade é extrapolado, ocorre à prática anárquica com suas criminalidades, marca indelével do desrespeito e mau-caratismo, que normalmente acontecem nas más intencionalidades, acobertadas por cortinas de fumaça enganatórias, próprio de quem deseja fazer o mal sem se revelar diretamente. Esses eventos foram naturais e espontâneos, como obra do acaso ou foram programáticos, planejados, organizados e executados fria e conscientemente? Eis a questão! Crime à vista! Aguardemos para ver esse futuro desfecho, mas sem rogar praga a ninguém.

Pois bem, após a vitória de Lula, que será nosso futuro e grande presidente, como nunca deixara de ser, os principais chefes de Estado de todo o mundo, logo acorreram em cumprimentá-lo pela grande vitória alcançada, vitória representativa para o mundo inteiro e não somente para o Brasil. Essa conquista representa algo muito maior desse sujeito, simples, humilde, honesto, sábio e justo homem de sensibilidade, que certamente transcenderá nossas fronteiras, para também pactuar com o mundo a esperança por dias melhores para o pleno exercício das forças democráticas e do restabelecimento do Estado de Direito para o gozo da cidadania.

O desafio de Lula é gigantesco, devido aos imensos problemas e a falta de recursos adequados depois de pegar um País quebrado, porém para um homem de Deus, sempre existem saídas possíveis. Que Deus o ilumine em suas tomadas de decisões e, assim, consiga, bom Lula, cumprir com suas promessas à nação, notadamente aos mais humildes, pois são a esses personagens que você deve a sua eleição. Que o Brasil esteja na vanguarda para alimentar os sonhos e matar a fome, ser producente, protagonista e feliz. Educação é o melhor caminho da decência. Democracia é acima de tudo liberdade, para aprendermos a ser melhores. Viva Lula, viva Brasil!

Francisco Tibério
Enviado por Francisco Tibério em 29/11/2022
Código do texto: T7660917
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