QUEM É O MANÉ?
QUEM É O MANÉ?
Da erudição aos vícios de linguagem - para quem assiste uma seção em qualquer das Câmaras nos Tribunais, é comum ouvir das referências melosas entre os magnânimos e eminentes magistrados nas manifestações de suas eloquentes argumentações do direito. Dá a impressão de nobreza destes homens de toga, ou da capa preta. No entanto, bastando uma pequena provocação fora do seu ambiente, toda farsa cai por terra, e quando menos se espera, se ouve: “perdeu mané” – expressão de linguagem notadamente malandra, usada por bandidos quando ameaçam suas vítimas, é como se avisando: “não reaja, entrega tudo, já perdeu”. Entre nós e eles, quem é o mané? Os que provocavam, no episódio de Nova York, eram brasileiros revoltados com a malandragem dos Magistrados que estão arrastando o Brasil para o abismo. Aqueles brasileiros era a representação de todos brasileiros inconformados com os desmandos desses homens de capa preta. Assim, ao refletir sobre a aparente erudição desses homens que vivem abrindo a boca como se fossem os mais letrados e respeitosos senhores do direito, no fundo, são como sepulcros caiados. Dos seus legados, a sujeira revelada em tempos da escrita das páginas mais desprezíveis da história do Brasil. Quem é o mané? Se não aquele que assim cognominou nosso representante brasileiro de tal atributo. No caso epigrafado, não é necessariamente um vício de linguagem, ou seja, quando alguém se apropria de certas palavras e expressões, às vezes estrangeiras ou, mesmo do mal uso da língua pátria. Por exemplo: homens de mal costumes, velhacos, marotos, tratantes, traiçoeiros, enganadores – “perdeu mané”. Quem é o mané? Entre os manifestantes, nenhum foi achado, e nem alguém que tenha dado resposta ao mané de onde saiu o xingamento. Quase uma brincadeira, não fosse o que se esperava de um magistrado em defesa de seu país, um jurista de notável saber – exigência nas sabatinas que examinam candidatos a tão notável posto. É uma pena que o mal exemplo passe a triunfar em nosso País. Perdemos a dignidade de povo educado e livre, passamos a ter vergonha de nós mesmos por ter chegado a tão baixo nível – já elegemos terroristas para nos governar, agora, o maior ladrão de todos os tempos se arvorando a voltar a cena do crime – posar de presidente. Nesse momento reina uma preocupação constante, aguardando para ver o que acontece. Enquanto isso os movimentos continuam, multidões debaixo de sol e chuva, e se nada acontece a que nos livremos desta praga, aí sim, seremos um país de manés. E daí, como será a situação, a começar das forças armadas: continência para um ladrão? Do judiciário, uma casa da mãe Joana, em que cada um faz o que quer, aos auspícios da suprema corte? E se me perguntarem, de que país eu sou, o que dizer para confrontar que não sou um mané? De tudo isso, é certo que haverá um doce meme para quatro anos, alimentará os temas musicais; alimentará a discórdia, tudo causado pela baixaria da Suprema Corte, por ter descido aos mais baixo nível, comparado aos manés do crime que desfrutam do seu jargão: “perdeu mané”, entrega tudo! Estará literalmente entregue, tudo o que de bom foi construído dentro dos quatro anos sem roubalheira e sem corrupção. Contudo, se a corda rebentar para o lado conservador, a lição será lembrada, para que não mais durmamos o sono da falta de ação em defesa de nossa Pátria. Todos os brasileiros de bem terão que trabalhar dobrado para deixar claro, quem são os manés!