E assim ora estamos, democraticamente falando...
Percentualmente, os relatórios exarados pelas Urnas Eletrônicas e oficializados pelo TSE no segundo turno das eleições presidenciais de 02 de Outubro de 2022 mostram nitidamente o quadro democrático brasileiro atual, assim como suas nítidas diferenças ideológicas entre eleitores de Lula, Bolsonaro e eleitores que preferiram o movimento "Nem um, nem outro"...
Assim, vejamos os resultados finais do pleito presidencial:
- Total Geral de Votos: 124.252.796 votos.
- Votos Válidos: 118.552.353 votos.
Sendo assim destinados:
- Luís Inácio Lula da Silva (Eleito): 50,90% (60.345.999 votos válidos).
- Jair Messias Bolsonaro: 49,10% (58.206.345 votos válidos).
- Votos Nulos: 3.16% ( 3.930.765 votos anulados por decisão dos próprios eleitores).
- Votos em Branco: 1.43% ( 1.769.678 votos brancos).
- TOTAL DE ABSTENÇÕES: 20,59% ( Cerca de 32.200.000 eleitores deixaram de comparecer às Urnas).
Donde podemos deduzir que pelo menos NOVE VOTOS aqui verificados no cotejamento dos dados acima, devem ter sido destinados ao beleleu. Isso aqui verifiquei, sem quaisquer perigosíssimas ofensas aos "democráticos" poderosos indicados do momento...
Quando então podemos concluir que o novo Presidente da República Federativa do Brasil deverá ter sempre em mente que governará para três camadas distintas e quase equitativas de eleitores, o que comprova que não foi escolhido pela maioria efetiva dos eleitores brasileiros aptos para votar.
E assim sendo, certamente mais uma vez quase um UM TERÇO dos eleitores brasileiros seguiremos frustrados pela ausência de melhores candidatos nos pleitos executivos e legislativos a níveis federal e estaduais, visto todos passarem pelos quase sempre moralmente fétidos "filtros" das Convenções Partidárias, antes de serem oferecidos aos eleitores como alternativas de alternância de comando político nesses dois poderes constitucionalmente instituídos.
Democraticamente, seguiremos convivendo o mais pacífica, civilizada, producente e civicamente possível entre esses três grandes grupos politicamente ora definidos e espalhados pela vastidão deste nosso território nacional brasileiro, até que a própria HISTÓRIA se encarregue de mais uma vez mostrar quão certos ou errados estivemos, ao ali depositar nas URNAS ELETRÔNICAS nossos votos válidos, nulos e brancos, ou abstenções...
Quem viver até então, saberá! Mas que o Lula não seja louco e "vingativo" contra a sociedade organizada, a ponto de voltar a enganar demagogicamente o povo brasileiro, ou pior, voltar a liberar sua tropa de militantes de alto escalão para mais uma vez dilapidarem o património nacional, então protegidos por ele e algumas dezenas de hediondamente tradicionais "garantidores" de impunidade geral e irrestrita para o clã do poder central reinante e seus grandes amigos.
Então, sim... A História teria de ser redimensionada muito acima dos R$ 6.000.000.000 (Seis bilhões de Reais) devolvidos por seus "companheiros" na Operação Lava-Jato.
Mesmo assim, aqui não deixo de reconhecer que o governo de Jair Messias Bolsonaro passou mais rápido e contraproducente que uma apática partida de futebol, daquelas em que a bola não rola mais que quarenta e cinco por cento do esperado tempo útil de jogo ( governança), que nisso ele foi realmente prejudicado acintosamente por muitos prefeitos, senadores, deputados federais, estaduais e governadores de oposição durante a prolongadamente mortal e empobrecedora Pandemia de Coronavírus...
...E também aqui não posso deixar de dar ao menos um pontinho positivo inicial para Lula, ele que desde o cárcere em Curitiba, tem conversado bastante com o admirável e correto político de esquerda Pepe Mujica do Uruguai, e assim, quem sabe, também tenha retornado ao governo central brasileiro realmente disposto a fazer dois excelentes mandatos presidenciais (que competência política ele tem de sobra para tal...), finalmente fazendo por merecer entrar para a História Política Contemporânea Mundial pela porta da frente, então doravante tirando o Brasil dessa horrenda mesmice atravancada pela roubalheira geral do dinheiro público, corrupção institucionalizada, pobreza nacional e atraso tecnológico e social... Quem sabe assim será.
Um abraço a todos, quer sejam amigos, correligionários ou adversários políticos, mas principalmente aos que assim como eu tenham participado do movimento democrático brasileiro "Nem um, nem outro", até que as futuras convenções partidárias se aprumem moral e politicamente, e assim ofereçam candidatos moral, política e administrativamente, realmente capazes para concorrerem firme, ética e honestamente em todos os níveis de governo e casas legislativas federal e estaduais...
Armeniz Müller.
...Oarrazoadorpoético.