BRASIS PARALELOS?
BRASIS PARALELOS?
VALÉRIA GUERRA REITER
A vida brasileira transcorre sob um comando de transição. Estamos na lida, na luta, e sob expectativa. Nós, o povo que clama por justiça, por felicidade.
Destacar a crise climática como foco central na COP-27 demonstra a liderança do presidente eleito. Vamos ler o trecho de meu artigo científico a seguir, publicado em livro na Amazon:
“ ...Responsabilidade, totalidade separada e independente com função semiótica diante da totalidade do cosmo físico ou vivente e mesmo diante de todos os demais indivíduos da espécie humana. A primeira natureza: caótica, selvagem e aterrorizante fazia o ser hominídeo tornar-se atacado em toda a sua pele. E ele inicia um processo de luta e resistência, com o objetivo de domá-la. Há um imperialismo na natureza que a transforma no inimigo número um (do recém-chegado humano) em um planeta (ainda) inóspito. Com o passar do tempo, o Homem percebe que fora a natureza que lhe forneceu os instrumentos para a criação ou invenção das tecnologias “de” e “para” o seu conforto como a madeira que alimentou o advento do fogo que atenuou a sua sensação de frio ou ausência de calor. Hoje, um universo de árvores já não existe, e tal fato não ocorreu para extinguir a gelidez, mas sim para retroalimentar um sistema industrial que fazia e faz do lucro fácil sua pior natureza (tipo de princípio). E assim, a natureza passa de deusa perfumada à matéria-prima capitalista. O homem que habitava respeitoso a terra mater e lhe prestava culto, passa a submetê-la ao mero âmbito de exploração: e cada vez que uma nova invenção surgia, mais ferro, madeira, silício e servidão se faziam necessários para o bel-prazer dos espoliadores. “Bolhas” de homens e mulheres que entenderam que o nascimento de muitos seres ocorria apenas com o objetivo de fazer crescer a massa de manobra que enriqueceria uma minoria (escolhida por Deus) e nascida no reinado infecundo e ocioso da dominação por castas e classes. Jacquard, defendia o “Direito divino dos reis”, e legou essa teoria às gerações que acreditam na soberania de uns sobre outros. A concentração de poder na mão de um rei, por meio de uma política que zela pela subalternidade. Segundo Maquiavel (2010) “Ser temido é bem mais seguro do que ser amado”, a antológica frase do (também) teórico do absolutismo Nicolau Maquiavel demonstra o quanto nossa trajetória, aparentemente evolutiva...” ISBN 978 -65-86452-25-9
Tantas dificuldades, tantas realidades, múltiplas mentalidades, dentro de um país. Enquanto tivermos um país onde se paga a um professor salários irreajustáveis, como é o fato que se estabeleceu para professores públicos estaduais do Rio de Janeiro, não seremos livres: Leiamos o trecho abaixo.
“Muito se fala da falta de professores, mas é preciso olhar o problema de perto…
Nós, professores da Seeduc, estamos há mais de 8 anos sem reajuste salarial, não recebemos o piso nacional e ainda estamos sem o 1/3 de planejamento respeitado.
Diante de tamanha precarização, estamos sendo impelidos a fazer horas-extras (GLPs) para sobreviver até o limite, e é só por conta disso que a carência na rede não é ainda maior. Para se ter ideia, o piso de um profissional que ingressa na rede hoje é 1300 reais. Um dos piores do Brasil.
Hoje, temos 13.400 professores que fazem 140 mil tempos de GLP, além de 1400 contratados temporariamente. Ainda assim, temos 20.874 aulas sem professor em alguma disciplina, em todas as escolas do estado. Como uma alternativa de resolver o problema, após grande luta da categoria, que se uniu em um movimento formado por professores, tivemos uma lei aprovada que possibilita a ampliação da nossa carga horária de 18 para 30 horas. A lei 9364/2021 corrige em parte essa precarização e pode diminuir muito a carência de professores. Todavia, apesar de estar aprovada há mais de um ano, não é implementada pela Seeduc”.
O meio ambiente precisa estar equilibrado, sem dúvida, e além dos três pilares tradicionais que ofertam a base da sustentabilidade - sem a igualdade, não há possibilidade de sanar a problemática dramática do meio ambiente. Afinal de contas há jatinhos recheados do quase extinto mogno na composição da arquitetura interna, em seus mobiliários luxuosos.
#ValReiterjornalismohistórico