AS ABSTENÇÕES NAS ELEIÇÕES
INTRODUÇÃO
Geralmente os órgãos responsáveis em proclamar a eleição de um candidato levam em consideração a quantidade de votos que esse candidato recebeu. Ocorre, todavia, que não podemos ignorar que além desses votos dados, um candidato acaba tendo vitória por causa também da quantidade de abstenção de votos.
DESENVOLVIMENTO
1. Vejam os últimos resultados registrados em países da América Latina:
1.1. Na Venezuela de Maduro, em novembro de 2021, de acordo com a CNN, nas eleições municipais e regionais, a abstenção foi de 60%.
1.2. No Peru de Castilho, em abril de 2021, de acordo com a Crítica Nacional, houve 28% de abstenção e 17% de brancos e nulos, somando 45%.
1.3 Na Argentina de Fernandes, em outubro de 2021, de acordo com o Portal Brasil de Fato, nas eleições do legislativo, houve quase 30% de abstenção.
1.4. Na Colômbia de Petro, em junho de 2022, de acordo com o Poder 360, na eleição presidencial houve quase 42% de abstenção.
1.5. Na Nicarágua de Ortega, em novembro de 202l, de acordo com o Observatório Urnas Abertas, quando Ortega foi eleito, houve 81,5% de abstenção. Em novembro de 2022, nas eleições governamentais, a abstenção foi de 82,7%.
2. Observe o que ocorreu no Brasil, agora em outubro de 2022. No primeiro turno a abstenção foi em torno de 32 milhões de votos e no segundo turno de 30 milhões de votos. A diferença entre os dois candidatos foi de 2 milhões de votos. Ora, percebe-se claramente que o resultado também foi determinado pela quantidade de eleitores que não foram às urnas votar.
CONCLUSÃO
Infelizmente, se um candidato teve 60 milhões de votos e nosso país tem mais de 200 milhões de pessoas, isto significa que ele foi eleito por menos de 1/3 dos brasileiros. Significa principalmente que uma grande parcela dos eleitores também permite os rumos dos acontecimentos.
O que irá acontecer? A minoria vai se impor sobre a maioria? A minoria vai recorrer à força para impor sua vontade? A minoria vai perseguir a maioria para inibir suas reações? A minoria vai manipular a massa dos pobres para garantir sua permanência no poder? As instituições vão se permitir serem usadas para inibir direitos da oposição? Alguma reação popular posterior da maioria poderá modificar os rumos?
Ficam, portanto, as interrogações.