O COVARDE CALADO

Carlos Roberto Martins de Souza

Em alguns momentos, o silêncio pode ser encarado como a arma dos covardes. A derrota de Boçal Nero foi consumada no domingo, foi duro, pois ele cantava vitória desde a manhã, mas a tempestade das urnas destruiu os sonhos dele. Frustrado, furioso, Bozo se escondeu, pois tinha um projeto de dominação total do Brasil. Fez-se um silêncio mortal, no seu esconderijo, Bozo deixou o Brasil perplexo, pois é de praxe o derrotado cumprimentar vencedor. Educação. Mas o silêncio dele articula um convite ao vazio a ser preenchido, e a questionar o que estaria ele armando? Não se pode desprezar ainda o peso da culpa judaico-cristã e do questionamento bíblico “por que calas, se és inocente”? A mim não me surpreende, pois eu já previa molecagens por parte do miliciano Boçal, ele está entalado, um osso atravessado na garganta que o impede de falar. Engasgado com a humilhante derrota, ele vai fazer o Brasil derramar sangue, vai usar de todo que for baixo para tentar se manter no poder. Ele não vai aceitar o rebaixamento moral para a segunda divisão da politica, e convocou a boiada para mostrar, com paralisações, a fidelidade ao boiadeiro. Os faxineiros do Palácio do Planalto ainda estão juntando os cacos da derrota sofrida pelo governo, o problema são os tais sigilos, que uma vez levantados, vai custar a liberdade do energúmeno e sua família. Não é à toa que a batata da família Bolsonaro já está assando em forno morno, e deve esquentar em breve. De humilhação em humilhação, Broxonaro prossegue em seu fiasco monumental, algo jamais visto. O “Czar Boçal” e sua gangue, no desespero de reverter uma situação que caminha em direção “à derrota do delírio expansionista bolsonarista, partiu para paralisar o Brasil, e eles se declaram PÁTRIA! Que pátria? Pelas atitudes, tá na cara que é o inferno. Ele passou quatro anos desacreditando o sistema eleitoral, sistema do qual ele viveu dele por trinta longos anos. Derrotado, sem provas contra o processo, restou ao humano expor a sua ignorância para o mundo, e a atitude de não reconhecer a vitória do adversário, deixa claro que ele é um criminoso que tenta usar a força para se proteger. Numa covardia sem precedentes, o ex-presidente usa o cinismo que lhe é peculiar para levar o Brasil a convulsão social. Só lembrando, Boçal Nero só se manifestou 24 horas depois do crime na morte de Marcelo Arruda, aquele da festa de aniversário. Ele, pela condição de terrorista, pois tentou explodir a caserna, contratou caluniadores que agem como urubus para tentar nos prejudicar, para tentar desmoralizar a justiça. A violência é o motor do bolsonarismo desde sempre. Basta lembrar que o início da vida pública do ex-capitão se dá em 1988, com o planejamento de atentados a bomba no Rio de Janeiro. Fica claro que aqueles vídeos de empresários tem fundamento, nas entrelinhas caminhamos para o objetivo pregado por eles, tumultuar o país e provocar o controle do Brasil pelos militares. É o óbvio! No escurinho do Whatsapp, José Koury, dono do shopping Barra World, era o mais excitado: “Prefiro golpe do que a volta do PT. Um milhão de vezes. E com certeza ninguém vai deixar de fazer negócios com o Brasil. Como fazem com várias ditaduras”. Marco Aurélio Raymundo, o Morongo, da grife de surfwear Mormaii, não deixou por menos: “Golpe foi soltar o presidiário. Golpe é o ‘supremo’ agir fora da constituição. Golpe é a velha mídia só falar merda…”. Está ai, começaram pelos idiotas, criminosos e bandidos caminhoneiros, resta esperar as cenas dos próximos capítulos desta bancarrota politica imposta por um grupo mafioso. Será que ele vai comprar uma passagem só de ida para o Quinto dos Infernos? É o melhor lugar para um canalha tocar a vida.