DENTADURA NERVOSA

DENTADURA NERVOSA

Carlos Roberto Martins de Souza

A Máfia “O Coisa Nostra", da família bolsonarista não tem limites, ela é uma organização criminosa, cujas atividades estão submetidas a uma direção de membros que sempre ocorre de forma oculta, no temível “Gabinete do Ódio”, e que repousa numa estratégia de infiltração na sociedade civil e nas igrejas evangélicas. Os membros são chamados mafiosos, e o Poderoso Chefão é o tiozinho “Al Bozone”, um bandido temido até pelo demônio. Brasília é o berço desta bandidagem. Ela surgiu no porões da igreja evangélica na época da “Idade da Arma Lascada”. O ritual de afiliação é uma espécie de ”cerimônia esotérica”, durante a qual o novo afiliado é chamado a jurar, em nome de nosso Senhor Jesus Cristo, total reverência ao chefão “Al Bozone”. Ele é apresentado como o "pacificador da família" e quer agradar a todo o mundo que reza na sua cartilha. Todos o respeitam, ele é como Deus para eles. O batismo dura a vida inteira, e a indústria da "proteção forçada" se espalhou para o Brasil inteiro, e dos púlpitos das igrejas, as regras são lembradas e cobradas semanalmente pelos pastores. Os membros são proibidos de envolver-se em atividades educativas, chegando ao ponto de cortar vínculos sociais e familiares ao ingressarem na organização. A máfia torna-se a única família e sociedade do mafioso quando ele jura lealdade ao grupo. Temendo uma derrota com o acirramento da campanha eleitoral, várias tentativas de desestabilizar o país, por parte dos mafiosos, foram planejadas, todas sem sucesso. Com tudo dando errado, era necessário um golpe fatal, uma cartada que pudesse abalar a sociedade. Eureca! Eis que, alguém de Ouro Preto, filiado ao grupo, lembrou do herói nacional, e que numa versão moderna, poderia ser a solução. Tinha que ser algum “gaga", já a caminho da sepultura, um véio do saco murcho, já sem expectativas dentro da irmandade, porém, famoso por suas estripulias políticas. Seria um “Dentadura Nervosa". Eureca! De novo! Unanimidade, o nome Roberto Jefferson venceu. De biquinho com a turma do STF, engaiolado pelo Xerife Xandão, ao contrário do chefe, brochadão, mas imorrivel, ele era o cara perfeito. Queriam um Tiradentes como mártir, porém, conseguiram um “Zé Dentadura”, um débil mental já em fim de carreira, mas que topou ser o “testa de ferro" de “Al Bozone”. Roberto Jefferson é a obra prima personificada do bolsonarismo, um maluco revoltado com a vida, sem caráter, sem moral e sem vergonha. Tudo acertado com o candidato, transformaram a casa dele na “Praça da Lampadosa”, lá esperavam que se consumaria o “martírio” do revolucionário. Nervosinho, babando feito bode depois de comer um quilo de sal grosso, ele se revoltou quando a policia apareceu para levá-lo para uma estadia num hotel do Estado, a popular cadeia. Como seu chefe, falou tanta merda, que acabou escorregando nas próprias fezes. De novo deu tudo errado, não combinaram com ele como seria o epílogo. Ele queria morrer... Chamaram até um falso padre para dar a “extrema unção”, outro mafioso vestido de santo. Seria uma versão remasterizada do “Atentado do Rio Centro". Lembram? Até hoje a espera de explicações convincentes dos ditadores. Eis que agora, no lugar de oficiais militares, temos a figura tragicômica e deplorável de Roberto Jefferson, um velho conhecido do meio político, que literalmente se encontra em estado terminal. O capeta já fez até a ficha dele no banco de informações do inferno. A Polícia Federal não atirou, ele não morreu, e ainda vai ter que amargar um apelido que lhe cai bem, “Deixadentes”, o frustrado mártir da “Incompetência Brasileira”. O tiro saiu pela culatra, ele cagou fora do penico, fez e aconteceu, mas como todo idiota, acabou se lambuzando nas suas merdas, foi preso. Ele quis transformar o espetáculo de sua possível morte num Capitólio a la Brazilis, e não faltaram marginais na cena do crime para defendê-lo, todos vestidos com o uniforme da escola de samba “Unidos do Curral", verde e amarelo, em homenagem a “Al Bozone”. A versão moderna de “O Bem Armado" protagonizada por Boçal Nero está com seus dias contados.

O “Odorico de Bangu”, numa viatura da Polícia Federal, foi alvejado pelo “Zeca Diabo” do STF, e o trágico fim chegou. Ao padre Kelmon, confidente particular, ele confessou: “Apenasmente, acho que cheguei aos finalmente". Atirei no meu pé, mas por causa da idade, acho que acertei o do “Al Bozone”, e acho que tá doendo muito. Pintou um clima entre o bolsonarismo e o cafajestismo. Está cada vez mais difícil ouvir falar em Deus, pátria e família sem pensar em prostituição espiritual e moral. A ausência de um interesse comum, em favor do País, dá causa, não mais à derrama dos impostos, como na Inconfidência Mineira, mas ao derrame das ambições, onde todos querem mandar, sem saberem dirigir a si próprios. Resta-nos esperar pelas cenas dos próximos episódios desta novela, na esperança de que a “Sucupira" construída pela Mafia Bolsonarista seja destruída nas urnas, e que dias melhores possam vir para nos trazer de volta o orgulho de sermos brasileiros. “Cacique e Pajé”, Jeferson e Boçal Nero, são a dupla caipira mais perfeita da politica nacional, e tomara que em breve possam estar animando as noites em Bangu 8, junto com os irmãos de fé que lá estão curtindo a vida.

Carlos RMS
Enviado por Carlos RMS em 24/10/2022
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