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O NEURÓTICO QUADRO POLÍTICO ATUAL NO BRASIL (PARTE 1)

 

      “Sejamos adversários políticos, não inimigos.

 Que cada um possa ver sua responsabilidade de depositar seu voto

          naqueles que podem ajudar o país a caminhar melhor,

             e que o faça sem ódio no coração”

  (Dom Orani João Tempesta – Arcebispo do Rio de Janeiro)

 

 

   Militante... ou... miliciano?

   Seria você um... dos dois?

   Ou mesmo... ambos?

   O que é uma “milícia” em seu sentido etimológico?

   Que "imagem" você tem de uma milícia?

 

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   E o que é uma “milícia” em nosso modo de entender [agora]?

   Você faria (ou já faz) parte d’uma milícia?

   Existe mais de uma forma de “milícia”?

   Mas, caso você se diz “militante” e não miliciano, por que se porta às vezes (ou sempre), como um miliciano? Sim, em seus gestos, em seu vocabulário "grupal", em suas maneiras a copiar as prescrições que lhes são ordenadas, de forma que possa comprovar a "ordem" a qual agora pertence?

 

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   Haveria uma espécie de “milícia ideológica”?

   Se existe, conclui-se (a partir de sua lógica) haver um “miliciano ideológico”.

   E o que caracteriza ou como se define um “miliciano ideológico”?

   Seria o mesmo que um “militante” d’alguma ideologia-política?

   Seria uma forma de “neurose”?

   Faço esta pergunta a lembrar-se que em quase todas as formas de neurose quase nenhum portador conhece ser dele uma vítima.

   E o que é um “ativista político”?

   Qual o seu grau de tolerância quando vai conversar sobre política com quem não compartilha da sua opinião, a ter ideias contrárias às suas?

 

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   Pois bem, já de início quero deixar bem claro que não falarei aqui a respeito diretamente de algum líder ou representante político, embora não poderei deixar de mencionar alguns nomes.

 

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   O meu foco se dará no que diz respeito à “neurose coletiva” por ideologias políticas, como também à extrapolação das formas de comportamento marcados por influência ideológica e suas consequências negativas no âmbito pessoal e social.

 

   Chega a ser assustador essa “hipertermia política” no Brasil, dado em função da polaridade envolvendo dois nomes atuais. A lembrar-se mais do comportamento passional entre torcidas organizadas originadas d’uma ausência de discernimento pelo que em tal grau é passional. Ao que saiu do limite do racional e, se estendendo até mesmo para atos agressivos e, inclusive, homicidas. Como a se dizer: no Brasil está havendo uma “guerra política”, marcada pela intolerância ao extremo.

 

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   E neste momento alguém irá me perguntar:

   O que isto tem a ver no que você disse sobre “milícias”?

   A minha resposta, então:

   Lembram-se de quando eu perguntei se existe uma “milícia ideológica ou política”? Pois bem, se formos pesquisar o sentido etimológico da palavra, uma milícia trata-se de uma denominação grupal de uma corporação ou sociedade com características paramilitares. E sempre tendo o seu núcleo voltado para a defesa de seus fins, não importa quais sejam seus meios.

   Bom, vivemos hoje n’um mundo diferente do que era vivido no século passado. E as informações se fazem de forma muito mais veloz que em qualquer outro tempo. E vivemos hoje sobretudo nas plataformas virtuais das redes, e mais precisamente inseridos em grupos na rede mundial de computadores (a Internet).

   Bem, como eu disse, o meu estudo aqui estará voltado para o comportamento social de origem ideológica ou partidário político. Apresentarei o devido cenário atual, mas sempre lembrando que não estou tomando nenhum partido nem defendendo em particular nome algum. Na verdade, não vejo nenhum “santo” nesta estória toda, mas é inegável que a exaltação e agressividade gerada pela intolerância são mais percebidas principalmente em "um determinado grupo", o qual muitas vezes se observa [nele] características a lembrar muito às condutas usadas nas milícias, isto sem mencionar o enorme grau de "fanatismo".

   Então, um fato que não pode ser negado é que está havendo uma guerra atualmente no Brasil entre dois conhecidos polos, marcados, conforme eu disse, por intolerância e ódio.

 

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    Bem, em todo o tempo faz-se preciso saber o que difere um "militante" de um "miliciano", e sabendo que o "militante político" é aquele que defende ativamente uma causa, mas que não parte para o uso da violência. E aqui cabe lembrar que de "militante" para "miliciano"é quase que somente "um passo". Ou será que você está participando d'alguma "espécie de seita", mas não sabe? Do estilo daquelas que rouba sua cabeça e você nem percebe! E quando vai ver já se tornou um "soldado fardado dela", falando os seus discrusos, copiando sua linguagem, imitando a todos, quem sabe, em razão de sua "necessidade" de entrar para algum grupo (e a ele pertencer), no que então você se adequa a ele!?

 

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   Bem, convido o leitor a examinar o que circula nas redes em geral: “Whatsapp”, “Twitter”, “Instagram”, “Facebook”, etc. E gostaria que pudesse tirar suas conclusões a respeito das mensagens. Algumas eu mesmo recebi pelo que me foram enviadas (acredito que por engano) por alguns contatos meus.

 

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   Pois bem, e então, o que você achau disto?

   Meu carissimo, deixe-me dizer uma uma coisa: será que este pessoal não tem nada melhor p'ra fazer, não? Eu, particularmente, não perco o meu tempo com isto, oh! de form'alguma! E outra coisa mais: ninguém me manda no que eu devo ver na televisão ou que canal eu devo ou não assistir. Mas, aqui eu deixo bem claro que eu tenho um "filtro" para o que eu quero ou não quero ver. Aliás, aproveito para perguntar ao leitor: O seu canal de preferência ou mesmo a sua igreja está te "adestrando" a votar em quem? Pelo amor de Deus, meu caro, será que é muito difícil para ti ter opinião própria?

 

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   Mas, retornado ao que vimos:

   Como você avalia o comportamento dos participantes destes grupos? Oh! confesso que no momento em que eu vi essas mensagens eu me lembrei do que aconteceu nos Estados Unidos quando houve a invasão no Capitólio pelos simpatizantes do ex-presidente Donald Trump. Ah! Qualquer pessoa inteligente sabe muito bem que aquilo aconteceu em função do compartilhamento de mensagens entre membros de grupos de redes sociais.

 

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   Meu caríssimo leitor, cá entre nós: será que não está acontecendo o mesmo aqui no Brasil e será que não está se extrapolando por demais o sentimento de ódio devido a uma postura de intolerância por parte de tantos? E não se estaria promovendo, portanto, a violência em função de seus conteúdos?

   E quanto ao fanatismo político-ideológico? Será que ninguém percebeu o quanto está sendo roubado o senso crítico de muitos?

 

   SERÁ QUE NÃO SOMOS “CRIADORES” DE “DEUSES”?

 

 

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   Convido o leitor a fazer uma “viagem no tempo”.

   Faz de conta que você está na Alemanha no período da Segunda Guerra Mundial, ou seja, no período nazista, de seu líder e ditador, o “Führer” Adolf Hitler.

 

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   Ou então na Itália quando era liderada pelo fundador do fascismo italiano, o “Duce” Benito Mussolini.

 

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   Mas, caso acharem que estou indo muito longe, faço o convite para que voltem no Irã (em sua teocracia) no tempo do aiatolá Khomeini.

 

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Ou então no Iraque quando tinha como seu ditador Sadham Hussein.

 

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   Embora ainda temos uma "figura" bastante atual: o ditador norte coreano Kim Jong-Un.

 

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   E então, imagine que você estivesse em um desses lugares - ou na Alemanha ou na Itália - no período desses nomes mencionados. Convido-o a meditar em algumas perguntas:

   * Como era a consciência coletiva da população de uma forma geral?

   * As pessoas realmente tinham noção de quem estavam “adorando”? Usei propositalmente o termo “adorando”, visto que se tratava de uma condição de admiração extrema, a se caracterizar como uma forma de “idolatria”.

   * Oh! Será que não somos “criadores de deuses”? E por que assim somos? Seria devido a uma “carência” de âmbito pessoal e coletivo? Seria por que sentimos uma “necessidade” de “salvadores da pátria”?

   * E por que temos tanta facilidade em acreditar nesses “falsos deuses”?

   * E como eles conseguem com tanta facilidade “roubar o cérebro” de milhares de pessoas?

   * E aqui fica uma pergunta interessante: Por que as pessoas aceitam de forma cega e imponderada se organizarem em nome de algum líder, ou mesmo em função de uma ideologia? Será que lhes falta "massa encefálica", isto é... "pensamento"?

 

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   * Precisamos de fato “levantar bandeiras”, e até mesmo matar em nome delas?

 

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   Mas, voltando à máquina do tempo:

   Imagine se você, a partir de sua lucidez (a que saberia muito quem eram aqueles devidos nomes), e percebesse aquela multidão cega e fanática, e, no meio deles, viesse à sua cabeça de falar assim para alguns:

   - Vocês estão louvando e adorando um monstro. Sim, vocês não sabem quem ele é. Trata-se de um genocida, sanguinário, sem um pingo de humanidade, e que não fará nada do que esperam por parte dele. Ao que ele arruinará este país e suas vidas com a sua doutrina e ideologia.

   Oh, meu amigo! Pode ter certeza: serão as suas últimas palavras na vida. E por que tal se dará? Justamente porque nenhum fanático consegue enxergar um monstro em alguém que para ele é um “deus”. E por mais que você tente “abrir a cabeça” de um “adorador cego” pode ter certeza: será perda de tempo, ao que a pessoa precisará “acordar” por si mesma, nem que se for para contemplar as obras de quem ele ao outro idolatra.

   Oh! Chega cômico saber o nome do autor do que será dito agora: “Que sorte para os ditadores que os homens não pensem” (Adolf Hitler).

 

   Pois bem! Ponha uma coisa em sua cabeça, meu caríssimo leitor: se você estiver odiando alguém em nome do amor a que tem por seu "deus", este amor é maldito, e não poderá vir nada de bom por parte dele.

   E qual o conselho eu daria para alguém vitimado por essa “neurose coletiva” e tão marcada pela intolerância ideológica-política? A minha resposta: não acabe com sua vida nem perca o seu tempo com isto, não. Não irá levá-lo a nada. É isso aí, meu amigo! Nós é que estamos bancando os otários a ficar brigando por causa deste povo.

 

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   Definiviamente não compensa! Eles já estão com a vida deles ganha. Nós temos que suar muito sangue para garantir o arroz com feijão todos os dias, enquanto eles comem picanha e caviar. Vamos deixar de ser bobos!

 

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   E aqui eu termino a primeira parte de meu trabalho com os dizeres daquela conhecida música: “Se você quiser em alguém confiar, confie em si mesmo, quem acredita sempre alcança (Flávio Venturini e Renato Russo).

 

 

   Post Scriptum:

 

   Mais uma vez eu quero deixar bem claro:

   Em momento algum eu quis aqui tomar partido de alguém ou ser contra algum nome. Trata-se de um estudo psicológico em função da conduta coletiva a que está sendo, infelizmente, vista no atual cenário político brasileiro, dado em função de polos entre dois conhecidos nomes.

 

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27 de setembro de 2022

 

IMAGENS GOOGLE

 

Documentário: O Triunfo Da Vontade (1935):

https://www.youtube.com/watch?v=sb6M-jU9FoI

 

Música: Mais Uma Vez (de Renato Russo e Flávio Venturini):

https://www.youtube.com/watch?v=4wZUTpTupeo

 

Estevan Hovadick
Enviado por Estevan Hovadick em 27/09/2022
Reeditado em 29/09/2022
Código do texto: T7615510
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