Imigrantes e refugiados dentro e fora do Brasil

 

 

Será que realmente existe respeito à diversidade humana, nossa mente divaga e pede apoio a antropologia nessa hora, o jornalismo busca as raízes filosóficas e sociológicas para conseguir se situar e opinar frente aos direitos humanos.

 

"Ao se definir o direito socioassistencial de pessoas em situação migratória é reconhecer que migrantes são sujeitos de direitos, com direitos e proteções asseguradas tanto no ordenamento jurídico brasileiro quanto no plano internacional (BRASIL, 2016, documento on-line). [...] objetivou-se reforçar a oferta de serviços que garantam as seguranças afiançadas ela Política Nacional de Assistência Social, a saber, segurança de acolhida, segurança de convívio familiar e comunitário e segurança de desenvolvimento da autonomia (BRASIL, 2016, documento on-line). "

 

Com todo respeito a esta política legislada no país, e que ampara a vinda de imigrantes e refugiados, que na realidade são termos diferentes para situações mui parecidas, percebo, através de experiências auscultadas, que o profissional que atua nesta área está mui aquém de ser realmente um serviçal dos direitos humanos, ao lidar com a desumanidade, que faz seu ninho em várias famílias genuinamente brasileiras; e portanto imagino como será na prática o funcionamento das ações humanitárias em relação aos ditos "imigrantes e refugiados". A teoria e a retórica nos trazem a beleza e a perfeição das ideologias e conceitos, inclusive no que tange a garantia de direitos humanos.

 

Já vi assistentes sociais, que trabalham em órgãos públicos, especialmente periciais, que deram seus veredictos através das canetadas da injustiça, privando assim homens, mulheres e crianças de direitos em relação a convivência com filhos portadores de algum déficit cognitivo, físico etc. Vi também a decorrência e consequência negativa de tais desmandos e insensibilidade resultarem em suicídios e mortes. A rede social que deveria ser de apoio real e amparo legal, possui em suas malhas: seres inumanos, que infelizmente na maioria das vezes, decidem de forma autoritária, e porque não dizer tirânica, quem pode reduzir carga horária de trabalho. ou se aposentar, para se dedicar a um filho portador de necessidade especial, de forma a funcionar como a prescrição que irá minimizar os efeitos medonhos de uma esquizofrenia, ou depressão: que nem sempre a farmacologia com suas "drogas" pesadas (em seus efeitos colaterais) poderão restaurar.

 

O amor dos pais, dos filhos, dos avós, dos amigos, de um tutor, ou o que o valha poderá vir a ser mais valioso em seus efeitos, na maioria das vezes, do que um remédio de tarja preta, ou vermelha. Enxergo a todos nós, que habitamos a base da pirâmide social, como refugiados, e imigrantes. Isso ocorre por conta da baixa autoestima histórica que nos coloca como eternos colonizados. Refugiados de um eterno estado de desigualdade e pobreza que vem nos pulverizando e nos tornando fugitivos da morte, que nos espreita em cada esquina: através dos assaltos, da fome, da ruína da droga. Somos refugiados em nosso próprio país, temos medo, temos dor, somos condenados à pobreza eterna, com os baixos salários que foram instituídos em leis, por uma elite esbanjadora e egoísta, que explora a mais valia, através de seus banqueiros e empresários em geral. uma elite que coloca seus fantoches no poder, fantoches deum imperialismo mandarim e sanguinário, que nunca irá privilegiar a alteridade; como disse Donald Trump "Você nunca é ganancioso demais".

 

Migramos todos os dias buscando sobreviver, catando lixo, comendo ossos, somos apenas "existentes" em um espaço geográfico imenso, que vive à deriva, e que vende "estercos intelectualóides ou artísticos" a peso de ouro, como se fossem a "última bolacha do pacote". Criaram e recriaram um povo incauto e idólatra a quase tudo que não presta; daí nasceu a Rede Globo, e outras mídias que enriquecem às custas da credulidade de um povo espoliado e nauseabundo.

 

As leis existem para enfeitar os anais, elas são lidas e aplicadas (duramente pesadas e flertando com a (desigualdade) apenas para grande maioria que cresceu tendo medo do juiz, do advogado, do jornalista de terno e gravata que fala impostado no Jornal Nacional. Ela vê a novela, que foi a única coisa mais popular que sobrou em seu prato "educativo" de migalhas. Ela (a grande maioria da população) saboreia o sucesso da "popozuda" da vez, ou do "jogador de futebol que comprou uma ilha", segue pela vida, morrendo de tiro certo, como se fosse perdido, em trens abarrotados, e ônibus imundos, onde as viroses, como a SARS-COV-2 pululam no ambiente.

 

 

 

Somos considerados apenas um detalhe, que levanta de madrugada, bebemos um gole de café frio, e com o corpo gélido pelo inverno, ou torrado pelo calor do verão, caminhamos pela senda do trabalho (escravo) que nos remunera com irrisórios 1.212 reais, para os mais "sortudos", visto que hoje, sim, agora, dia 24 de setembro de 2022, existem 11 milhões de desempregados, 33 milhões que passam fome, 11 milhões de analfabetos. Tais dados deveriam incomodar a qualquer jornalista que deseje cobrir os fatos históricos de hoje, do ontem e possivelmente do amanhã, de maneira coerente. Aquele missionário da imprensa que de forma humanística poderá contar ao mundo como se processa a realidade da sociedade que o cerca.

 

#ValReiterjornalismohistórico

 

#LeiaBrazilevireBrasil

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Valéria Guerra
Enviado por Valéria Guerra em 24/09/2022
Reeditado em 25/09/2022
Código do texto: T7613211
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