Buscando a Paz Interior
VAMOS GARANTIR A PAZ ENTRE NÓS E ÀS PESSOAS QUE NOS RODEIAM?
Eu tenho comigo um ditado antigo muito sábio:
- Quando um não quer dois não brigam!
Apego-me a esse dito popular pra fazer uma reflexão do momento político.
Observo que muitas pessoas têm um ímpeto de se manifestar e vão logo expondo sua tendência Política.
A pergunta que fica é:
- Isso é salutar no atual momento?
Não creio.
Sucede que a polarização política em torno de dois candidatos com métodos diferentes de expor suas opiniões acaba causando exacerbação dos ânimos.
A maioria esqueceu que o voto é secreto e que cabe a cada um exercitar seu modo de pensar apenas na hora de votar. Aí... frente à urna a pessoa é livre para depositar sua opinião através de um ato simbólico, mas, de natureza cívica e de grande importância.
Agora, ‘duelar’ nas redes sociais através de provocações e ataques acaba sendo o rompimento da paz interior e também da paz social.
Sabemos que as vezes o nosso ego nos trai e nos impulsiona a conduzir nossas manifestações de forma impetuosa. Isso causa certo mal-estar porque as redes sociais são de uso comum e aí transita várias tendências políticas.
Há nesse modo de conduta uma espécie ebulição de emoções e os resultados, as vezes, causam dissabores em quem está ao redor e não comunga dessa ótica de provocar e de atacar.
Sei que a política é algo importante na vida das pessoas e por isso cada um de nós faz a sua leitura e aí ‘quer vender’ ou ‘quer persuadir’ com aquilo que lhe agrada.
Isso destoa da orientação da lei. A norma estabelece que o nosso voto é secreto e por isso ninguém precisa saber em quem vamos votar ou quem é nosso candidato predileto.
Mas, como somos livres e como temos o direito de expressão é curial não darmos importância pra essa prerrogativa que a lei nos reserva.
Até aí tudo bem. O que preocupa é extrapolarmos essa ideia de manifestação espontânea para a ideia de intenção de convencimento ou de ‘duelo’ de opinião.
A partir daí é que surge a provocação ou o ataque porque vem aquela sensação estranha de ‘não levar desaforo pra casa’.
Aí que mora o perigo.
Porque não agir só mostrando argumentos?
Esses devem ser positivos e não negativos. Ser positivo é apresentar o seu ponto de vista sem comparações. Quem deve fazer a comparação é quem está ouvindo. Mas é um comparação intrínseca. Ou seja, dentro da sua capacidade individual de absorver ou não absorver a ideia. Mas, nem por isso é preciso externar a sua contradição. Se for fazer o faça dentro da razoabilidade do argumento, mas sem desrespeitar o outrem, através de linguagens chulas ou por meio de desprezo de cunho pessoal.
Enfim, eu, neste momento político escolhi ver as mídias com parcimônia e com resiliência. Fico longe das provocações. Não falo mal de ninguém como garantia de manter a paz entre mim e as pessoas que me rodeiam.