Bogotá: Refutar a separação e reaproximar de Rabat
A eleição colombiana desta vez foi uma excepção; os esquerdistas que ganharam os sufragios gerais cada vez mais ao lado de Marrocos, contrário ao passado, quando a aproximação do governo norte-americano e a ascensão de partidos centristas mantiveram uma posição a favor dos separatistas da polisário, hoje Rabat e Bogotá, jamais terem sido como antes, formando um aliado estratégico e difícil a perder.
Trata-se do novo presidente Gustavo Petro, o qual tem abandonado a doutrina do conflito armado em favor do trabalho institucional, assistindo a uma confusão devido a guerra civil colombiana, objeto das ideias socialistas que camuflam do continente a verdadeira evolução trás a revolução cubana e o surgimento de movimentos de libertação nacional.
Lembrando que até o ano passado, Marrocos e Colômbia teram assinado um conjunto de acordos bilaterais e memorandos de entendimento sobre a cooperação na área de serviços aéreos, de controle de drogas e isenção de vistos de residência de curta duração para cidadãos marroquinos e colombianos, portadores de passaporte comum.
A capital, Bogotá, também tem uma posição avançada da questão do Saara, com a nova Presidência da República da Colômbia a qual tem instruido o embaixador de seu país em Rabat para estender a influência da embaixada em todo o território nacional marroquino, incluindo o Saara; seja um reconhecimento da soberania de Marrocos sobre o Saara.
Abdelkader Chaoui, escritor especializado em cultura sul-americana, o ex-embaixador, afirmou que a esquerda em geral no continente latino está histórica e ideologicamente próxima da Argélia por muitas considerações; Incluindo relações anteriores com a Frente de Libertação, bem como a visita do presidente chileno Salvador Allende em 1972.
Ressaltando que a visão do Marrocos superou a visão tradicional, baseado sobre interesses comuns; ultrapassando as simples acordos para tornar a realidade dos fatos para a Colômbia, a participação dos povos em seus benefícios, traduzindo a última recepção do embaixador marroquino na cerimônia presidencial, confirmando mais uma vez o desejo de Marrocos junto a nova presidencia colombiana restreiar os interesses comuns.
A cultura da América do Sul e em particular da Colômbia, ela convive também com contradições devido a secessão dos movimentos, a exemplo da Frente Nacional e FASP, apesar dos acordos da luta contra a separação.
Finalmente, o ex-embaixador no Chile apontou que a Colômbia conheceu certas péssimas condições políticas e econômicas, seja um verdadeiro desafio para o novo governo, enfrentando os desdobramentos internos, o descontentamento no nível social e protestos contínuos, em termos da exigir reformas.
Lahcen EL MOUTAQI
Pesquisador universitário-Marrocos