Não há justiça no Brasil - um exemplo da mentalidade anti-bolsonarista.

Que no Brasil a justiça tarda e falha é do conhecimento de todos. E não é raro os brasileiros ouvirmos histórias, e das mais bizarras, umas, grotescas e arabescas, saídas da cabeça de um Edgar Allan Poe, outras, obras de um Franz Kafka. E quando a justiça, mesmo tardando, não falha, os brasileiros, ao tomarmos conhecimento de tal feito, inusitado, coçamos a cabeça, desconfiados, a nos perguntarmos onde está a armadilha.

Há um elemento interessante na relação de certas pessoas com a Justiça, ou o que elas entendem por Justiça: o desejo pessoal. Não sei se me faço compreender. Usarei outras palavras para explicar o que pretendo dizer: há pessoas para as quais só há Justiça se o veredicto do juiz corresponder ao que elas desejam, ao que elas querem. Neste ano, dois casos são, para mim, emblemas da presunção, arrogância, estupidez, de certas gentes que entenderam equivocadas, melhor, criminosas, a ação de juízes, que não lhes atenderam à vontade, a de anti-bolsonaristas radicais, gentes que, por si mesmas, já haviam posto o presidente Jair Messias Bolsonaro no banco dos réus, e o condenado ao cano de um fuzil - o fuzilador a obrigá-lo a ficar de frente para um paredón, e, ao premir o gatilho, tal qual Che Guevara, um dos carniceiros de Sierra Maestra, bostejar, com o seu olhar vulturino, e seu espírito assassino: "Viva la revolución. Hay que endurecerse pero sin perder la ternura." -, e que, vindo a saber do veredicto, enraivecidas, descarregaram todo o ódio que as alimenta, esbravejaram, e xingaram os juízes e o réu com os mais carinhosos e simpáticos apodos. Não posso deixar de dizer que no auto dos processos o nome do presidente não estava presente, o que é compreensível, afinal ele não era uma personagem envolvida nos dois casos, mas, entretanto, todavia, porém, no entanto, os seus detratores, que o apontaram como um dos envolvidos, ferindo-o, verborrágicos e boquirrotos, com o dedo acusador, queriam porque queriam que ele fosse condenado à prisão. Na cabeça de tal gente, Jair Messias Bolsonaro já estava condenado - e toda decisão judicial que não chegasse a tal termo estava corrompida em todo o seu processo. Não estou, aqui, a me referir a políticos, artistas, jornalistas, figurinhas carimbadas da vida pública, cujas faces estampam famosos programas de emissoras de televisão, e capas de revistas, e a primeira página de jornais e sites de notícias. Estou a falar de pessoas com as quais nos esbarramos no dia-a-dia.

São os casos aos quais até o momento fiz alusão o da morte, por um bolsonarista, de um lulista, e o das mortes de dois aventureiros que se embrenharam na floresta amazônica (eles se tinham na conta de desbravadores da estirpe dos Bandeirantes?). Em nenhum dos casos, tinha o presidente do Brasil participação - não era ele o protagonista, nem um coadjuvante, nem sequer um figurante, daqueles que nem fala possui e resumindo a sua participação na história a andar, ao fundo, misturado com dezenas de outros figurantes, que, iguais a ele, estão irreconhecíveis. Os auto-intitulados juízes não apreciaram o epílogo da história. Queriam, e querem, que o presidente Jair Messias Bolsonaro seja sumariamente condenado, senão à morte, à prisão perpétua numa fétida enxovia, vivendo de comer de suas fezes e beber de sua urina. Segundo os anti-bolsonaristas este é o destino que está reservado ao objeto do ódio deles. Para eles, há Justiça apenas quando a vontade deles é atendida. Não há, no mundo, almas tão justas.

Ilustre Desconhecido
Enviado por Ilustre Desconhecido em 26/07/2022
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