#BRAZILDAFOME
#BRAZILDAFOME
Valéria Guerra Reiter
Os dados são alarmantes: fome é fato. Quem sente está dor? 33,1 milhões de brasileiros. A pesquisa revelada (em relatório) pela Rede PENSSAN (revela) o país naufragando em insegurança alimentar.
Viver até parece um ato criminoso.
E a grande criminosa neste caso é a dama de ferro chamada DESIGUALDADE; que é regida pelos títeres mais infames e imperialistas. A fome está sendo servida fria e compõe o cardápio de várias classes sociais. Há chantagem no ar; há risco de morte; há desmantelo de sonhos e narrar sobre os “desacontecimentos” é preciso, segundo Eliane Brum.
Sim, os leitores carecem de notícias detalhadas e oriundas do forno jornalístico literário. Alguém no mundo midiático precisa publicar as injustiças, alegrias, dores, e turbulências das histórias vindas das comunas. O indivíduo sem face que revira os grandes latões de lixo; e que dorme no meio-fio também é notícia. Vale a pena tecer sua vivência e iluminar seu trajeto através da comunicação. Construir pontes entre os “desacontecidos” e os “reconhecidos” fere de morte à intolerante desigualdade capital.
No próximo dia Primeiro de Julho de 2022, o decreto 9.140/20 (Calamidade) tornar-se-á sem efeito; e com isso uma gama de docentes do Estado do Rio de Janeiro terá que retornar às salas de aula em momento (ainda) pandêmico.
É ilógica a falta de sensibilidade do atual governador do Rio. O professor continua na berlinda. Tendo de escolher entre ganhar pouco mais de mil reais mensais para sobreviver no charco da insegurança alimentar, ou enfrentar a COVID para não passar fome literal.
O BRASIL com S está faminto; andando descalço, cativo e sucumbindo pela força do descaso habitual.
E isso não é vitimização; isto é dissabor causado por uma política colonial de império. Uma política que não tem vergonha alheia em dar as mãos ao fascismo; em campanha verde e amarela. Com participação efetiva de alguns empresários que compactuaram com a morte de 671 mil pessoas; no afã de lucro,no auge da Sindemia. As empresas aliadas ao governo central foram contra a campanha humanitária do “Fique em casa”.
Milhares morreram incautos. A negligência alijou homens, mulheres, crianças. E alguém disse em alto e bom som: “Eu não sou coveiro”.
Foi este mesmo indivíduo (recentemente) e diante da fome reinante no território nacional que proferiu: “E daí, não sou cozinheiro”.
#ValReiterjornalismohistórico