AS LUTAS ANTIFASCISTAS SÓ TÊM SENTIDO SE FOREM LUTAS ANTIRRACISTAS

Fascismo e racismo são irmãos gêmeos.

Na Europa o fascismo cresce, como o maior encarnador e defensor do racismo, e visa a expulsão dos não brancos (contendo as imigrações africanas, asiáticas, latino-americanas, indígenas) do território europeu.

Já aqui, no Brasil, o fascismo reacende, aliado a um racismo estrutural, que se mantém vivo, entre grande parcela da população branca (caucasiana - eurodescendente), que embora minoria, cerca de 30-40%, dos brasileiros, se mantém firme no controle dos governos e detentora dos poderes, da República Federativa do Brasil, pois se acham donos, os herdeiros-hereditários, e eternos, dos invasores-colonizadores europeus (portugueses e outros), que se apoderaram do Brasil.

Não atoa, meus caros, que mesmo entre os progressistas, e até nas esquerdas, brasileiros, se pensa irrelevante a necessidade da maioria negra (preta - parda) chegar ao poder, e governos, neste país, o que segue contribuindo, mesmo à esquerda, para que a maioria da população siga apartada e impossibilitada de governar uma nação onde é a absoluta maioria, mesmo que já tenhamos avançado, nas retóricas 'abolicionistas', onde se tutela, clientelisticamente, a população negra, e/ou na garantia dos chamados 'lugares de falas', onde os negros desenvolvem uma suposta impressão de "autonomia", pertencimentos, retomada de identidades, contudo, não passam de uma fantasia, de 'pseudopoder', 'pseudogoverno', já que a realidade negra brasileira segue pouco mutável, desde a abolição da escravização negra no Brasil.

Por isso, embora não gostamos de falar, ou que falem, o Lula/PT optou por um vice branco, um chuchu, ao invés de ousar, como fez Petro, na Colômbia, onde negros são cerca de 40%, de ter um/uma vice preto/a, uma berinjela, a exemplo da Francia, que representaria o maior salto político já dado, neste país, nos 200 anos da independência.