Créditos de imagem: Priscila Nolasco @prinolascofotos

Não acredito mais na política como mola propulsora de mudanças na sociedade. Pelo menos não no momento atual. Esse papel fica para a educação principalmente, e também espiritualidade.

Não me entenda mal, educação não é sentar em carteiras enfileirados ou ficar na frente de um computador sendo ensinado a decorar histórias ou aprendendo habilidades Matemáticas, embora, isso seja essencial. 

Entretanto, antes, eu enxergo o pensamento filosófico crítico como a melhor educação para formar cidadãos. Aqui eu não falo de abraçar um pensamento filosófico ou outro, mas, pensar filosoficamente, duvidar, criticar, além de pensar e debater ideias contrárias. 

Nós estamos discutindo partidos, ideologias, a camada da população quem tem mais recursos e possibilidades de acesso à informação está escassa de pensamento próprio, vemos uma briga interminável em que os resultados são sempre os mesmos, de qualquer maneira. 

O básico do pensamento crítico é entender o mundo fora do pensamento maniqueísta, dualista, um preto e branco que define bem e mal, sem qualquer nuance de tons de cinza. Entretanto, o que vemos na prática no Brasil e em outros países, não escapa a essa definição de visão de mundo e de política. 

E agora eu abordo sobre a espiritualidade. Não entenda espiritualidade como religião, mas como os princípios universais de amor próprio, não agressão, desejo pela paz e pela comunhão com os outros seres humanos, a compaixão e capacidade de se ver no outro. 

A despeito de tantos rituais e regras egoístas e políticas nas religiões do mundo, se retiradas todas elas, essa é a grande essência, por isso que distingue-se espiritualidade de religião, a última une pessoas sob uma denominação, a primeira nos une enquanto seres humanos independentemente de qualquer coisa.

Com essa linha de raciocínio, é que eu concluo que nos falta os alicerces para discutir grandes projetos, como um projeto de país, a política vai continuar sim, mas, não é algo que quero gastar, minha energia, antes disso o meu maior desejo de engajamento é em oportunidades de formar mentes críticas e corações compassivos.