O que aproveita Europa de seus vizinhos orientais, magrebinos e árabes?

Explicar o princípio da aproximação europeia com os países vizinhos da África do norte, e Árabe em geral não se limita apenas à esfera económica e estratégica, mas conta com outros lados ideológicos, segundo alguns pesquisadores da Universidade da Europa (College of Europe) em Bruges, Bélgica.

A idéia é de compreender a política dirigida pelos países limítrofes ou próximos da União Europeia, em relação a Marrocos, localizado no norte da África, diante do resto do continente europeu que se oponha a qualquer dependência da União Soviética, na sequência da sua desintegração, lembrando da época da queda do muro de Berlim em 1991.

Esta política de vizinhança que Europa engaja, principalmente no sentido de manter e “criar amigos” da periferia europeia; no quadro dos “esforços da Europa de forma mais ampla”, sem limitar-se aos países, partes da Europa geográfica e cultural.

Na ideologia europeia que defende os “valores comuns europeus” no sentido dos aspectos da parceria, mas ao mesmo tempo sem a exceção ou adesão destes países ditos geograficamente ligado ou próximos ao continente; explicando esta dupla linguagem ou personalidade, sem portanto aceitar o pedido de adesão de Marrocos ao sindicato europeu, muito menos na união europeia.

Neste contexto, referindo aos “valores comuns” que defende os europeus e definidos na Carta dos Direitos Fundamentais da União Europeia, em termos da base da democracia, do respeito pelos direitos humanos e do Estado de direito.

Concluindo que o caminho não é sempre foi pavimentado, segundo a Política Europeia de Vizinhança; aproveitando os recursos disponibilizados em relação aos vizinhos do “sul”, fazendo referência a época da “primavera de 2011” cujo Magrebe e regiões árabes, defendem-se contra toda a “crise migratória”, suportando a política dos vizinhos”, numa questão de instabilidade e crises socioeconômicas.

Estes tremores continuam atualmente com a crise da rússia e Ucrânia, além da crise ligada a retirada da Bielorrússia da política europeia, ano passado, devido aos desenvolvimentos de uma posição europeia para com a gestão das liberdades e urnas; bem como antes da “remoção” da Síria na política européia dos protestos contra os regimes autoritários.

Considerando que a Parceria Europeia para com a Vizinhança não deve limitar-se aos “países do sul”, estendendo-se também ao “leste”, Arménia, Azerbaijão, Geórgia, Moldávia, Ucrânia e a antiga Bielorrússia, num esforço de criar uma “proximidade jurídica com padrões” de “troca de recursos e fundamentos socioeconômicos".

Neste contexto, as negociações com a Europa sobre o tipo de parcerias estratégicas não parou aí, mas rodeando sobre a atual crise russa, na sequência do ataque à Ucrânia, bem como no contexto das reservas sobre a adesão desta última à Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN).

Assim a União europeia dividida tem sido confusa quanto à adesão da Ucrânia à União, somente três dias após desta crise, além de muitos apelos para a adesão da Moldávia e da Geórgia. Diante de tudo isso o Marrocos continua a cooperar no momento, em que sopra o vento de um acordo entre Marrocos e Espanha, podendo incluir passos decisivos da integridade territorial do reino de Marrocos sobre suas províncias saarianas.

Lahcen EL MOUTAQI

Professor universitário-Marrocos

ELMOUTAQI
Enviado por ELMOUTAQI em 07/05/2022
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