Marrocos e Espanha: acordo sobre a demarcação das fronteiras marítimas
Depois da retomada dos contactos entre Madrid e Rabat, os interesses diplomáticos de ambos os países preparam um roteiro, capaz de derreter as diferenças acumuladas durante alguns últimos anos, avançando para uma visão futurista que garanta os interesses de cada parte em questão.
A este respeito, José Manuel Alparis, ministro dos Negócios Estrangeiros espanhol declarou que “um grupo de trabalho sobre as fronteiras marítimas entre Espanha e Marrocos está sendo a trabalhar no sentido de definir de uma vez por tudo o espaço marítimo, para cada parte em comum”.
De acordo com tal noticia do jornal "publico", sublinhando que "a data da reunião do grupo de trabalho marroquino-espanhol tem sido marcado para o próximo mês de Maio", salientando que "a demarcação das fronteiras marítimas da região das Canárias, no Oceano Atlântico, constitui uma das principais chaves deste encontro."
Durante este encontro as discussões foram sobre os limites territoriais históricos de cada país no Oceano Atlântico, respeitando os determinantes ambientais associados ao direito internacional. E de forma que Madrid possa a garantir os direitos adquiridos, respeitando aos mesmo tempo as ambições de Rabat no Atlântico.
A zona de exploração planejada cobre uma área de 23.900 quilômetros quadrados, localizada numa área onde a empresa espanhola de energia e petroquímica Repsol tem buscado gás e petróleo entre 2001 e 2014.
A Companhia Basca de Petróleo encontrou muitos depósitos de gás sob a água do mar; Mas acabou sendo descartado, devido à escassez de reservas nos poços.
O chanceler espanhol tem sublinhado, quinta feira passada, que Rabat foi autorizada a explorar petróleo a apenas 175 quilómetros das ilhas canárias, entre Garciosa e Tarfaya, aos poucos de mais de 50 quilómetros das costas de Lanzarote e Fuerteventura.
No que diz respeito à exploração petrolífera e seus potenciais face aos danos ambientais, o ministro espanhol informou que: “Todas as preocupações das Canárias são tomadas em conta pelo grupo de trabalho, definindo as fronteiras e zona de exploração, objeto da observação e de forma permanente”.
Para o sr José Manuel Alparis, conforme a conferência de imprensa junto ao Ministério dos Negócios Estrangeiros, durante o qual o dito grupo de trabalho, por mais de 15 anos sem reunir-se, pretendendo “em breve”, realizar um encontro em consequencia do diálogo interno com os marroquinos, visando a impulsionar o relacionamento e torná-lo recíproco, benefício e respeituoso de forma mútua.
Tal chanceler espanhol saudou a iniciativa de regresso ao trabalho do grupo hispano-marroquino, versando sobre as questões de atritos entre os dois países.
Segundo José Manuel Alparís, graças a estes acordos inciados em abril com Marrocos, vé-se a cooperação em matéria de migração reduzir em 45% o número de imigrantes ilegais que entram na costa das Canárias.
O ministro lembrou da retomada dos trabalhos do grupo de demarcação das fronteiras do Oceano Atlântico, paralisado desde mais de 15 anos, hoje pretende-se com estes acordos acabar com as disputas em torno da soberania sobre as águas do arquipélago das Canárias.
Outro ponto foi quando Sr Albaris, explicou que o governo espanhol não tem intenção de provocar um confronto com a Argélia, país considerado muito importante para "Espanha, como governo".
Em resposta às perguntas da deputada do Partido Popular Maria Valentina Martinez, o ministro friou que "a Argélia é considerado como um parceiro forte e confiável, instando para manter as melhores relações com este país".
Lahcen EL MOUTAQI
Professor universitário-Marrocos