Presidente da Argélia apoia Polisario contra posição de Sanchez
O presidente da Argélia, Abdelmadjid Tebboune reiterou o apoio de seu país ao grupo separatista da Frente Polisário no quadro de seu projeto subversivo na região, considerando que seu país não vai deixar o Saara Ocidental”.
No mesmo contexto, ao ligar a questão palestina da questão do Saara, o presidente argelino sublinhou dizendo que seu país não vai deixar a Palestina, porque a questão palestina tem sido e continua uma das constantes argelinas desde a época do falecido presidente Houari Boumediene .
Numa entrevista à mídia local, Tebboune considerou que a questão palestina e Saara são “duas questões objeto da descolonização”.
Enquanto com a Espanha, Tebboune declarou que seu país “mantém laços muito fortes com a Espanha, separando bem com as práticas dos povos, dos estados e regimes”, dirigindo : "ao povo espanhol ao dizer que a Argélia não vai abrir mão de seu papel como fornecedor de gás, quais que sejam as circunstâncias", logo tem sido ameaçado interromper o fornecimento de gás à Espanha, trás a posição histórica de Madri sobre a proposta de autonomia no Saara marroquino.
O presidente argelino considerou que a mudança na posição da Espanha sobre a questão do Saara é algo “moralmente e historicamente inaceitável”. Acrescentando que a Argélia "detém boas relações com a Espanha", apesar da recente posição do primeiro-ministro espanhol Pedro Sanchez saudando a questão do Saara, "mudando tudo, assim".
O regime argelino, através desta posição tenta ganhar uma legitimidade interna, perdida provocando uma tensão com Marrocos e o resto dos países vizinhos”, uma vez que “o regime argelino perde a sua legitimidade interna devido às contradições e manobras”.
O poder prevalecente não pode fornecer leite e atender as necessidades básicas de seus cidadãos, uma vez que a Argélia desde 1975 desliza, apoiando descaradamente a Polisario e as milícias separatistas sob controle como ferramenta na mãos do regime.
As saídas do Presidente argelino, atacando a Espanha deve a uma tentativa de reviver a vida no regime militar, impotente e sem legitimidade, suas memórias tanto quanto do ex-presidente da Mauritânia Ould Dada em 2003, quando afirmou que “depois de a assinatura tripartida com o governo de Franco, Boumediene atacou a Espanha”, revelando porém que “atacar o vizinho é um dos pilares do credo argelino”.
A Argélia, apesar de tudo, não pode parar ou cortar o gás da Espanha, devido à existência de contratos legais assinados entre as duas partes, anotando que qualquer violação desses contratos levará a Argélia a tribunais comerciais internacionais.
Finalmente, a Argélia tenta chamar a atenção, desviando do que está passando internamente, atacando os países vizinhos e criando um clima de tensão, foi o mínimo que o regime do vizinho de Leste possa fazer, como se disse "surfando nas ondas de um discurso de tensão."
Lahcen EL MOUTAQI
Pesquisador universitário-Marrocos