247 - "Bolsonaro foi mudando com o poder. Ele se deslumbrou com o poder", disse o ex-ministro Abraham Weintraub durante live neste domingo (24) em que revela segredos bombásticos a respeito de Jair Bolsonaro, seus filhos e os militares.
"Bolsonaro foi sequestrado e acho que está sendo chantageado por esse pessoal [centrão] com ameaças de prisão, como eu fui. Como eu não fiquei com medo foram atrás dos meus filhos, podem ter ido atrás da família dele. E ele não está totalmente isento de culpa", disse o ex-ministro
Segundo o ex-ministro, Bolsonaro vive "síndrome de Estocolmo" do Centrão. "Ele foi seduzido pelo poder a ponto de humilhar e atacar pessoas que estavam do seu lado desde o início", enfatizou ele, se dizendo magoado com o tratamento que recebeu do clã Bolsonaro, por conta das ameaças de tirá--lo do cargo no Banco Mundial, nos Estados Unidos.
Irmão de Abraham e ex-assessor do governo Bolsonaro, Arthur disse que Bolsonaro ficou incomodado quando o nome do ex-ministro começou a ser sondado para concorrer a um cargo de governador. Ele disse que numa conversa com Bolsonaro, em 2021, ele deu a entender que cortaria os empregos dos irmãos nos Estados Unidos: "'Se continuar essa história de governador... Não estão ganhando em dólar? Vocês perdem isso daí'".
"As suas mensagens, presidente, abalaram demais a família. Eles sabiam que tinham ameaças e que retirando esse emprego (nos EUA), eles estariam em risco", disse Arthur Weintraub, afirmando que Bolsonaro debochou. "Aí ele pegou e tripudiou: 'Ficou magoadinho, é? Ficou magoadinho?', disse.
"Se ele pedir desculpa, eu perdoo. Vou votar no presidente Bolsonaro? Vou. A alternativa é péssima. Mas ele é a pessoa para falar pela direita? Não. O poder seduz muito", acrescentou.
Segundo o irmão de Abraham, Arthur Weintraub, os generais aliados de Bolsonaro desprezam a militância que apoia Bolsonaro.
"Para os generais , a militância não vale nada", disse ele, afirmando que generais e setores do Centrão "começaram a envenenar o presidente contra o meu irmão por conta de sua posição contra o acordo", se referindo a proximidade com o Centrão.
O ex-ministro disse ainda que os generais induziram Bolsonaro a entregar "a sua cabeça para o STF" para salvar o mandato.