As manobras do regime argelino e Frente Polisário e a posição marroquina
As crises que a Polisario e a Argélia administram, a exemplo da crise da travessia de Guerguerat, no saara marroquino, foram no sentido contrário do que esperava os adversários da integração regional, reforçando ainda mais o Marrocos, e ao mesmo tempo enfraquecem os oponentes, tornando-os uma posição desconfortável perante a comunidade internacional.
O rei Mohammed VI tem exortado explicitamente a Argélia a "esquecer as crises do passado e abrir uma nova página na relação entre os dois países, chamando o presidente argelino da Sua Excelência, um sinal de consideração e respeito, mesmo assim o regime argelino continua desafiando sem entender e compreender o sentido das mensagens, enviadas por Marrocos, deixando hoje Argel numa posição de grande constrangimento e regressão, enquanto Marrocos cada vez mais forte e credível.”
Ghali, líder separatista e pretendido secretário Geral da frente separatista da Polisario, sem força e credibilidade junto a ONU, Argélia lhe atribui tarefas com a pretensão de criar um Estado no saara ocidental, um sonho nunca foi real desde 1975, uma vez que a Frente Polisario e por trás da Argélia, únicos responsáveis do sofrimento do povo detido nos campos, armas para arrecadar ajuda internacional, pretendendo um estado independente a custo de Marrocos, utilizando de todas as manobras, a última foi a invenção de uma crise da travessia de Guerguerat, assemelhando-a aquilo que aconteceu no campo de Gdeim Izik. 2012”, uma vez que todas estas crises repercutem positivamente no lado do Marrocos”.
Todas as críticas de alguns expertos da política externa consideram o Marrocos um país soberano, que lutou e luta pela justiça integracionalista e territorial, forte ao manter um equilíbrio das forças e relações positivas, com seus adversários, caso de Alemanha e Espanha , deixando claro do que o Marrocos vai continuar no caminho da legalidade e planejamento por anos futuros.”
O Marrocos continua sendo ciente de todos os riscos decorrentes das transformações internacionais, atendendo ao apelos dos enviados da ONU pelo Saara, apresentando a iniciativa de autonomia em 2007, como mecanismo de resolução do conflito regional, considerando que o trabalho do Marrocos não foi uma escolha tática espontânea, mas sim responde a conjuntura circunstancial, de forma estratégica”.
Levando em consideração as transformações da ordem mundial e suas repercussões sobre a questão do Saara marroquino, o Marrocos considera tal mudança de posição espanhola sobre a questão do Saara marroquino, apoiando a iniciativa de autonomia, não tem sido uma coincidência, mas sim justifica e lembra que a Espanha envolve o seu interesse regional e continental.
Na mesma linha do pensamento, o caso da Alemanha, inicialmente sugere a aceitação de condições a serem preenchidas por Marrocos para o reatamento das suas relações bilaterais, mas no final tudo advém a constatação de Berlim, com base no seu interesse manter uma boa relação com Rabat, uma vez que o Marrocos tem sido a porta de entrada na África, principal porta de entrada e saída, além de ser a região fornecedora ao mundo de recursos básicos, para as próximas décadas, proporcionando a segurança e paz a exemplo de grandes oportunidades de investimento.
Sobre a posição americana envolvendo a questão do Saara marroquino, o Marrocos considera a posição da administração americana, reconhecendo a soberania do Marrocos sobre suas regiões saaranianas, “continuando de forma firme” mesmo com a chegada do presidente Joe Biden à Casa Branca, confirmando que “os democratas têm seu método de governar, mas continuam a ser consistentes na posição adotada pelos republicanos na direção do saara marroquino.
Finalmente a transição do apoio das potências internacionais a iniciativa de autonomia para um outro estágio, caracterizado de audácia e desafios que ameaçam a segurança e estabilidade da região à luz das transformações globais aceleradas, por parte do Reino, gerindo qualquer crise, como foi da travessia de Guerguerat, um ponto de viragem na questão do Saara, cujo Marrocos demonstrou ser um país de confiança, de coordenação e sustentabilidade junto com diferentes atores do sistema internacional em harmonia e apoio aos fundamentos das Nações Unidas, em termos da segurança e estabilidade continental e regional.
Lahcen EL MOUTAQI
Professor universitário- Marrocos