O Homem e o Poder
Vindo de origem humilde, chegar ao mais elevado cargo da República já é uma grande vitória. Em ali chegando, poderia dizer que já estava de bom tamanho e nada fizesse que comprometesse o seu caráter. Teria tido a oportunidade de continuar sendo o que lhe foi dito ainda no início do mandato: "O Cara".
Mas, conforme o adágio: "quer conhecher o caráter de um homem, dê-lhe poder", ele, por conta disso, se perdeu.
É certo, agora, colocar a culpa em terceiros?
Põem a culpa na decisão parcial de apenas uma pessoa, quando muitos homologaram aquela decisão, e mais tarde fizeram tudo ao contrário.
Ora, quem diria que, em 2017, o presidente da República seria o que é hoje?
Alegar que foi por interesse político não tem o menor cabimento.
Se, numa Constituição tão jovem, de 1988, uma determinada Jusrisprudência foi alterada três vezes, aí sim é que está o nó da questão. E quem é que tem o poder de alterar?
Como diria Pedro Malazart, "Dos três, já vi um." Das três mudanças, vi duas. Assisti às sessões do STF, ora com 6 a 5 a favor, ora com 6 a 5 contra. Então, me veio a conclusão: "se os ministros da mais alta Corte do país divergem na interpretação da Lei, imagine um pobre leigo como eu."
Bico caldo. Que o povo brasileiro entenda o que se passa na política e na justiça do nosso Brasil.