TRAIDORES DA PÁTRIA

Com tantos acontecimentos em nosso País, em total descumprimento da Constituição, a todo momento surge a mesma pergunta por tantos brasileiros: afinal de contas, quem é o “guardião da Constituição”? Parece que todos nós perdemos o norte – a pergunta é proibida, quando as coisas andam tão distorcidas da verdade. Diz-se até que há um poder moderador, como assim? Antes de uma possível resposta, vale reportar sobre um trecho do discurso do Presidente da Assembleia Nacional Constituinte, Dr. Ulisses Guimarães: “A Constituição certamente não é perfeita. Ela própria o confessa, ao admitir a reforma. Quanto a ela, discordar, sim, divergir, sim. Descumprir, jamais. Afrontá-la, nunca. Trai dor da Constituição é traidor da Pátria. Conhecemos o caminho maldito: rasgar a Constituição, trancar as portas do Parlamento, garrotear a liberdade, mandar os patriotas para a cadeia, o exílio, o cemitério. Quando após tantos anos de lutas e sacrifícios promulgamos o Estatuto do Homem da Liberdade e da Democracia bradamos por imposição de sua honra.” Será que dá para entender as palavras cristalinas deste pelito constitucional defendido após a promulgação da Constituição de 1988? Certo é que estamos num beco sem saída – e agora, quem nos defenderá? Porque será que ainda nada foi feito, e nem vislumbre sobre do que será de nós, quando a Constituição é afrontada, vilipendiada. “Conhecemos o caminho” - Mesmo? Se traidor da Constituição é traidor da Pátria, há lei que disciplina tal ato criminoso? Com certeza, todavia, a mordaça não permite discuti-la – “mandar patriotas para a cadeia, o exílio, o cemitério?” a frase parece reclamar por acontecimentos passados, mas parece sugerir também o que fazer em caso de desrespeito à Constituição – quem disse foi Ulisses. Bem verdade que, no Brasil existem muitas leis, porém, parece não existir quando não lembradas e nem cumpridas – mintas delas. Que pena! Um país tão bonito, de gente passiva, tão submissa, tão sofredora, tão enganada. O problema continua sendo nosso, de cada brasileiro, somos nós que escolhemos nossos representantes. Deveríamos escolher gente de bem e do bem, gente conhecida por seus frutos, como nos ensina a Bíblia: “pelos vossos frutos vos conhecereis” – se pessoas de mal caráter, desrespeitosos com suas famílias, aproveitadores dos mais humildes, exploradores, carniceiros, aliciadores de menores. Nós é que as escolhemos, e quando erramos não temos nenhum direito de reclamar. Dizia Sartre: “A escolha é possível, em certo sentido, porém o que não é possível é não escolher. Eu posso sempre escolher, mas devo estar ciente de que, se não escolher, assim mesmo estarei escolhendo”. Se dá para ser entendido, precisamos refletir, sobre nossa decisão na hora do voto, sabendo que, se não escolhemos, ou nos omitimos de votar, poderemos estar elegendo a pessoa errada. Dizia meu mestre: “se nada muda, nada muda” Logo, se existe algo que precisa mudar, precisamos trabalhar pela mudança e não deixar “para ver como fica”, e nem “deixar a vida me levar” como canta Zeca pagodinho. Se agirmos de forma inconsequente, estaremos favorecendo os traidores da pátria. Se estou certo, nós somos a última democracia do mundo, os países que ainda persistem em ser uma democracia, muitos deles por estar contaminados por ideologias socialistas, não devem durar muito tempo. Não é a toa que o mundo inteiro nos deseja, nos ambiciona, mas não precisamos ter medo – nós temos como alimentar o mundo, nós temos uma riqueza incalculável tanto por cima quanto embaixo da terra – sol, chuva, ventos favoráveis, clima a escolher em cada estação. Só não podemos deixar que nos ameacem e nos causem pavor – somos fortes, só precisamos aprender a lutar, ter fé, crer que acima de tudo, que comanda todas as coisas não são humanos, mas aquele que criou e sustenta todas as coisas. Porém, precisamos acordar quando o problema está em nossas mãos. Dizia Kennedy: “problemas feitos por mãos de homens, por mão de homens deve ser solucionado” Façamos, portanto, a nossa parte, fazendo assim, Deus nos livrará das mãos dos traidores da Pátria. 18-04-2022