A retomada das relações marroquinas-espanholas traz à tona os "pontos controversos"

Livrando-se da estagnação e da apatia, que conhecem ultimamente as relações marroquinas-espanholas, as quais voltaram ao seu curso normal, após um período de convulsões, atrás da entrada do representante da chamada Frente Polisário no território espanhol sob uma identidade falsa.

A mensagem enviada pelo primeiro-ministro espanhol ao rei Mohammed VI considera que a iniciativa marroquina de autonomia constitui uma base séria, realista e credível, capaz de resolver o litígio em torno do Saara marroquino. Uma expressão mágica, capaz de dissolver o sobrio que caracteriza as relações.

Tal mensagem recebida pelo rei Mohammed VI, através do primeiro-ministro espanhol considera que os dois reinos são intimamente unidos por laços de fraternidade, de história, de geografia, e de interesses e cooperação mútua.

O dossier dos fluxos migratórios e das fronteiras, considerados como um ofoco objeto das conversações entre Rabat e Madrid, tendo em conta uma série de questões das quais a visita do primeiro-ministro espanhol, Pedro Sanchez, ao Reino de Marrocos, a normalidade das relações entre as partes, a demarcação das fronteiras marítimas e a promoção das trocas comerciais, além da consolidação das políticas de segurança e do combate aos fenomeno do terrorismo.

A mudança na posição de Madrid depende concretamente da iniciativa de autonomia, ela tem sido uma decisão internacional vinculada a política que consiste a jogar sobre as duas cordas, mergulhando a Espanha numa crise econômica, e das relações comerciais, das receitas alfandegárias do processo de travessia, bem como da comunidade marroquina-europeia residentes em Khazirat, Ceuta eMelilha.

Esta questão da integridade territorial incomoda a Espanha porque envolve políticas da disputa artificial em torno do saara ocidental, da distinção entre a decisão dos estados e das posições sobre o conflito da região meridional.

O avanço diplomático do Marrocos nas relações marroquinas-espanholas vem sendo um complemento, ligado as vitórias do Ministério dos Negócios Estrangeiros do Marrocos, da diplomacia retroativa dos últimos anos.

Ainda o regresso das relações diplomáticas entre os dois países fazem com que esta retomada das posições sobre a questão do saara marroquino redefine os parâmetros de negociações de  programas e agendas políticas, conforme os planos dos Estados Unidos, que almejam uma virada da página dos pontos controversos, longe dos problemas de credibilidade, da era da desestabilidade, de retrocesso e crises.

Por seu lado, a atividade nos postos fronteiriços continuam provocando atritos, problemas da época anterior, da mudança do Marrocos e Espanha sobre as questão das zonas adjacentes, envolvendo o reino e as atividades económicas e comerciais.

O Reino de Marrocos tem decidido redesenhar as relações com o vizinho Espanhol e em todos os níveis, servindo os interesses estratégicos das partes.

Finalmente sobre os fluxos de migrantes, Rabat e Espanha adotaram uma abordagem humanitária e de direitos humanos, contra qualquer migração irregular no continente africano, de acordo com uma visão realista e estratégica, cujo papel de Marrocos contra agente de polícia da Europa, ou de uma política integralista que sustenta o estatuto de autonomia e refuta o diferendo de autodeterminação.

Lahcen ELMOUTAQI

Professoruniversitário-Marrocos

ELMOUTAQI
Enviado por ELMOUTAQI em 21/03/2022
Reeditado em 21/03/2022
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