"Batalhão de Azov" - Será Esse o Nazismo Ucraniano, Alvo do Putin?

O presidente russo Vladimir Putin foi duramente criticado pelas nações dos quatro cantos do mundo, quando na madrugada daquela quinta-feira, 24/2, anunciou que estava iniciando uma "operação militar especial" contra a Ucrânia, dizendo que essa operação seria para "desnazificar e desmilitarizar a Ucrânia", ocasião em que acusou esse atual governo do presidente ucraniano Volodymyr Zelensky de ser nazista, sem no entanto ter apresentado qualquer prova que pudesse justificar esse seu ato...

"Tomei a decisão de realizar uma operação militar especial. Seu objetivo será defender as pessoas que há oito anos sofrem perseguição e genocídio pelo regime de Kiev. Para isso, visaremos a desmilitarização e desnazificação da Ucrânia", disse ele naquele dia em um discurso ao vivo pela TV, enquanto que as forças armadas russas iniciavam uma incursão que iria atingir práticamente todas as regiões da Ucrânia, causando centenas de mortes de cidadãos eslavos, como também são os russos...

Vale destacar que ao contrário do atual líder ucraniano, que sem nenhuma experiência política, ganhou projeção nacional e acabou sendo eleito presidente em 2019 graças à sua performance como comediante; o líder russo tem um vasto e profícuo curriculum político, tendo inclusive sido amplamente apontado como o responsável pelo retorno da estabilidade política e do progresso econômico da Rússia, por ter posto fim à crise dos anos 1990, ele que também por dezesseis anos foi oficial do KGB, que é o serviço secreto da União Soviética, onde chegou à patente de tenente-coronel...

É bem possível que foi por causa desse seu conhecimento militar que ele decidiu deflagrar essa sua "operação militar especial" contra a Ucrânia, que apesar da origem judaica do seu presidente, pode sim representar, como ele diz; um perigo à soberania Russa, já que ele deve saber muito bem que existe na Ucrânia uma milícia de extrema-direita com conexões com o neo-nazismo;o "Batalhão Azov", cujos membros usam símbolos e insígnias neonazistas como o Wolfsangel e o sol negro em seus uniformes, e também símbolos da suástica em seus capacetes, o que já fez com que mais de 40 ativistas de direitos humanos israelenses assinassem uma petição para interromper a venda de armas para a Ucrânia, sob a argumentação de que algumas dessas armas automáticas de estilo militar Tavor e Negev certamente acabariam nas mãos dessa milícia, que apesar das acusações de ser um grupo antissemita, conta com o apoio de alguns membros da comunidade judaica na Ucrânia que até mesmo servem nas suas fileiras, assim como vários voluntários estrangeiros; georgianos, romenos, alemães, ingleses, franceses, libaneses e até mesmo alguns russos que são por esse grupo recrutados, sendo que até mesmo aqui no nosso país; no Rio Grande do Sul em 2016, a Polícia Federal desmantelou uma célula desse tal Batalhão de Azov que recrutava neonazistas brasileiros para serem enviados para a Ucrânia...