O “ESPÍRITO” (DO TEMPO) E A TECNOLOGIA DA CRIAÇÃO —XXXIV—

O “ESPÍRITO” (DO TEMPO) E A TECNOLOGIA DA CRIAÇÃO —XXXIV—

Espíritos de pessoas que sofreram abuso sexual na infância, entre outros, são perturbados e somatizam, no físico, tendência à baixa autoestima, a comportamentos, pessoal e social, que afrontam seus pares e dão mostras de costumes e procedimentos aflitivos, afrontosos, ofensivos, ultrajantes para com terceiros com quem se relacionam. Não raro, essas atitudes se escondem por detrás de camuflagens diversas.

Os gays e travecos, por exemplo, usam a máscara existencial, por detrás da qual seus espíritos escondem que estão a degradar seus corpos com sexualidade insensata, impulsiva, temerária, irrefletida. Eles incorporam a realidade de que seus corpos são mercadorias de consumo que vendem em programas na troca por dinheiro. Vestem a fantasia que não conseguem dissimular, de que são espertos e ganham dinheiro com sedução de pessoas que pagam para que as pulsões mais perversas daqueles que os exploram, posam ser inseridas no relacionamento lascivo, lúbrico, genital, venéreo: pago.

Quando, nos finalmentes da década de sessenta o tropicalismo musical e estético disseminava a revolta das crianças e adolescentes traídas na infância, revoltadas com as mazelas sofridas no lar larbirinto no qual sofreram, real ou supostamente, abuso sexual, cantavam com Caetano: “quando eu chego em casa nada me consola/você está sempre aflita/com lágrimas nos olhos de cortar cebola/você é tão bonita/você traz a Coca-Cola em tomo/você traz a sobremesa eu como/eu como eu como: você...”.

A antropofagia das relações íntimas familiares não poderia ser mais explícita. Todos comendo, igual canibais, a todos, todo tempo. O fenômeno do tropicalismo brasileiro e latino, não é um fenômeno geopolítico localizado apenas no Brasil e Américas. O tropicalismo (musical e estético) era uma sensação neurológica planetária, um acontecimento globalizado. Os supremacistas brancos desejavam devorar antropofágica (financeira, econômica, física e moralmente) as demais pessoas do planeta.

Os espíritos supremacistas brancos desejavam que a cultura do canibal agressivo caucasiano, tomasse conta não apenas dos espaços geopolíticos na Mesoamérica, na América Latina e sul-americana. Eles devoravam as pessoas de dentro delas mesmas na África, na Ásia, no Oriente Médio: aqui, ali e em todo lugar. Exigiam que a cultura da industrialização global do consumo de mercadorias as transformasse, a elas mesmas, pessoas, em mercadorias. Objetos de compra e venda, com seu tempo dedicado ao trabalho para o capital acumulado pelos colonizadores dos países todos do mundo. Devorados pelos canibais da Aldeia Global dos mercados de capitais, supremacistas e globalistas, dominariam os cidadãos sem cidadania: suas almas, corpos, espíritos: a cultura da escravização dos demais povos do mundo, da alma do mundo.

A estética musical do tropicalismo musical e estético de Caetano/Gil e demais imitadores das bandas de rock americanas e europeias, não era somente um fenômeno estético afirmativo nos países de clima tropical, próximos ao Trópico de Capricórnio. Era um fenômeno mundial. Não havia modo ou maneira de conter a precipitação das novas gerações em se lançarem no abismo que a cultura e a civilização caucasiana ofereciam.

Você traz a sobremesa eu como, você traz a Coca-Cola eu tomo... Eu como, eu como, eu como você. Todas as realidades do mundo globalizado pelos supremacistas brancos estavam a se devorar mutuamente sem nenhuma conceituação acadêmica que pudesse ter tempo de prever, pressagiar, predizer ou profetizar os acontecimentos regressivos que daí adviriam. Não havia tempo hábil para preservação sequer do próprio sexo.

“Toda a dor de não ter sido amado quando criança fica gravada no cérebro, nos músculos, nos ossos. Ela nunca vai embora”. A frase entre aspas é de Arthur Janov, externando sua terapia do Grito Primal na qual o paciente berra, enquanto expressa sentimentos e emoções reprimidas na infância. As crianças não são amadas da forma como são. Os adolescentes, “na década que não acabou”, os anos sessenta, precisavam expressar todo esse universo de sentimentos e emoções que seus pais e demais familiares canibais, queriam para sempre reprimidos.

DECIO GOODNEWS
Enviado por DECIO GOODNEWS em 26/01/2022
Reeditado em 27/01/2022
Código do texto: T7438095
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