Olavo de Carvalho? Um filósofo, um ideólogo ou um caçador de ursos?
Valéria Guerra Reiter
Quem é Olavo de Carvalho?
O conheci quando li um de seus artigos publicado em um jornal “tradicional” brasileiro e reproduzido em um livro da Universidade do Norte do Paraná. Isso me chamou a atenção. Li e reli, afinal, o texto servia de base para que os estudantes confeccionassem um de seus portfólios bimestrais; na graduação de História.
O “filósofo” que residia em terras estadunidenses escreveu poucas verdades e muitos equívocos. Mas ninguém no universo pode ser totalmente imperfeito. E a morte “aparentemente” não redime ninguém; porém o estado inerte de um ser morto; não deveria nos remeter ao sentimento de desdém.
“Auxiliar no forjar de um factoide fascista” e “eliminar animais” como ursos, por exemplo, se constituiu (em minha opinião) em imperfeições gritantes na lógica existencial da trajetória de Olavo de Carvalho. As opiniões e juízos de valor divergem e convergem; e isso é democrático.
O povo brasileiro é carente de gurus; e costuma encontrá-los nos mais variados nichos: artístico, político-partidário e (também) ideológico; como foi no caso do falecido senhor.
A ideologia “malsã” ou “não malsã” não escolhe a quem vestir...Cabe ao seu “cliente” saber discernir qual lhe cairá melhor.
Continuo acreditando que a desigualdade é um chaveiro usado por todos aqueles dândis, que escolheram se travestir com a fantasia repleta de lantejoulas neoliberais.
Olavo se foi. O corpo se vai. E isso vale para todos nós “organizados quimicamente” para nascer, crescer, desenvolver, e morrer...
O que deixamos aqui, como rastro, ou plantio é que precisará (sempre) ser analisado...para ser refutado ou absorvido na senda evolutiva do caráter humanístico.
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