França presidente rotativo da Europa e a questão do Saara marroquino
O Grupo para a Democracia e Liberdades, presidido por Noureddine Ayouch considera que a França no caminho para assumir a presidência rotativa da União Europeia deve defender junto aos países do bloco regional a ideia do reconhecimento do Saara marroquino, a exemplo dos Estados unidos da América, sob o governo do ex-presidente Donald Trunfo.
A França que vai assumir a presidência rotativa da União Europeia por um período de seis meses, tal programa seja um momento ambicioso para uma Europa “forte” e “soberana”, face ao surto de novas infecções com “ Covid-19”, além das eleições presidenciais, Abril próximo, cujo Emmanuel Macron vai adotar novas escolhas políticas neste estado.
O presidente francês Emmanuel Macron, perante o Grupo Democracia e Liberdades tem instado para a exacerbação da “agressão verbal”, por parte da Argélia dos últimos meses, ressaltando que “muitas guerras militares no mundo foram incendiadas por indesejados atos e provocações.
Tudo o que acontece no Norte de África afecta directamente a União Europeia, porque qualquer guerra vai levar à deslocação em massa de cidadãos para a margem norte, causando enormes prejuízos políticos, econômicos e humanitários em ambas as margens do Mediterrâneo."
O presidente francês concluiu que um novo acordo político entre a Europa e a África pode impedir os fluxos migratórios para o "velho continente", considerando a presidência da União Europeia, por "Paris tem uma grande importância para impedir a migração e encontrar fórmulas para integração regional." .
Tal eventual " reconhecimento europeu do Saara marroquino tem sido uma questão necessária na situação actual, para desarmar o conflito cujas repercussões podem desestabilizar a União do Magrebe, bem como a União Europeia", sublinhando a importância do "reconhecimento no contexto de aumentar as oportunidades do desenvolvimento social e econômico na região."
A “preocupação” com as condições dos marroquinos sarauís detidos nos campos de Tindouf levanta a responsabilidade da ONU e Argélia.
“Há marroquinos que estão detidos nos campos de Tindouf há mais de quatro décadas, sem qualquer respeito pelas regras de direito internacional, sem nenhum tratamento humano, contradizendo as convenções internacionais”.
O Presidente da República Francesa exortou a este respeito, a comunidade internacional a persuadir os países da União Europeia a reconhecer o Saara marroquino, “como um impacto positivo objeto de uma decisão política, tomada a nível da paz e estabilidade na região do Magrebe”.
Lahcen EL MOUTAQIProfessor universitário, Marrocos