“OS OBEDIENTES CEGOS E MUDOS: NÃO SÃO SURDOS”

 

VALÉRIA GUERRA REITER

 

“O período que vai do ano 1000 até 1800 corresponde à transição do feudalismo para o capitalismo. Nesse período, a sociedade europeia feudal – rural, fragmentada no nível nacional, unida pela religião e marcada pelos vínculos de vassalagem – transformou-se em outra completamente distinta, a sociedade capitalista. Nesta, o importante era a vida urbana, influenciada pelas transações comerciais e fundada nas relações de trabalho assalariado”.

 

Arrastamos correntes desde aí, nós, os colonizados. Há um sistema político que contém a baixa e alta política. A política de segurança deles (egoístas) e uma outra que pensa no comércio,

 

Nesta era moderna, a política internacional vem arrastando suas três correntes paradigmáticas: Realismo, Pluralismo e Globalismo. Equilibrando o poder, com dependência e tomada de decisões. O comando está centrado nas mãos de quem melhor preside (com punhos neoliberais, a nova pangeia) que agora é digital. E é óbvio que existe a subserviência como utilidade.

 

Meio ambiente, conflitos humanos, guerras religiosas, renascimento, obscurantismo, desigualdades, capitalismo, tudo isso localiza-se sob os escombros das guerras e pandemias que secularmente dominam o panorama internacional: como chibata/controle.

 

Sempre uma gênese, um histórico, uma linha do tempo para servir de palco ao desenrolar dos fatos sociais. E sempre com parcela da humanidade que é servil. A cegueira e a mudez milenar de esta casta é (indubitavelmente) engendrada. Porém, quem tem ouvidos que ouça.

 

O trecho abaixo demonstra o quanto o termo hegemonia se aplica ao cenário mundial de competição pelo poder dominante, que faz do planeta uma aldeia global onde o homem é lobo do homem: “A maioria das regiões do mundo, nomeadamente o Médio Oriente, a Ásia Central, o Extremo Oriente e África, vivem numa situação de anarquia internacional, caracterizada por constantes lutas pelo poder, onde o uso da força militar constitui permanentemente uma hipótese real. Ou seja, a “paz kantiana” que define a política europeia é uma exceção e não a regra”.

 

O trecho de notícia abaixo, demostra isso no presente brasileiro: “O presidente afirmou que o país será palco de uma "rebelião" e que haverá um cenário de "caos" caso governadores e prefeitos decretem lockdown, ou seja, suspensão total das atividades sociais e econômicas. Além de criticar os chefes do Executivo nos estados e municípios, Bolsonaro voltou a dizer que não vai se vacinar contra a Covid-19”. Que haja um novo juiz Sansão para fazer ruir as paredes desse Templo de Dagon à brasileira.

 

Vivemos sob égide pandêmica, com variantes, e cepas constantes. Tal arma é fatal e compromete a vida de pessoas. A insegurança é plena, resvala historicamente na trajetória humana, que por si só, já se constitui em um “ensaio”. O pior vírus, o mais tétrico: é a maldita desigualdade, que gera patologias das mais variadas, inclusive a “loucura”. Até quando ficaremos cegos e mudos? A palavra de Deus nos revela em Lucas 8:13: “Os que estão sobre a pedra são os que, ouvindo a palavra, a recebem com alegria quando a ouvem; mas não tem raiz...”. A pedra dura da escravidão.

 

Sansão, herói bíblico, teve seus olhos furados; e “silente” (por conveniência) girava moinhos; este foi seu castigo, após ser capturado, por um dos povos hegemônicos daquela antiga época: os filisteus. “Mudo” e cego, ele ainda podia ouvir, e soube esperar pelo momento da libertação; fora dotado de força descomunal, e quando viu a chance certa: empurrou as pilastras do templo, e foi vitorioso conquistando sua liberdade. Mesmo tendo fenecido. Avante povo brasileiro! resista e revolucione! ante a insensatez dos bárbaros.

 

 

Valéria Guerra
Enviado por Valéria Guerra em 12/01/2022
Código do texto: T7427879
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