O “ESPÍRITO” E A TECNOLOGIA DA CRIAÇÃO —XXIII—

O “ESPÍRITO” E A TECNOLOGIA DA CRIAÇÃO —XXIII—

Os espíritos hegemonistas vez em quando estão na moda. Vejam o Trumpqueiro nos EUA e o Bozo no Palácio do Planalto. É razoável afirmar que todos os espíritos são supremacistas??? Mas, nem todos são trambiqueiros. Ao inaugurar a Idade Contemporânea, a RF trouxe à baila a expectativa futura das casas de moda, não apenas no costume e estilo de roupas, mas também políticas. Entrou em moda a ideologia, crença na falsa ideia da superioridade natural do homem branco, supremacista, que na década de trinta do século passado originou a tentativa nazista de dominação do mundo.

O espírito da moda no uso da “roseta tricolor” foi imposto até mesmo à rainha da França. Na modernidade, esse espírito se tropicalizou e se tornou obrigatório por lei. Pela lei do carnaval, que mulher em desfile não quer, na Marquês de Sapucaí, ao desfilar nos blocos de rua, mostrar em seu requebrar, que sua particular roseta é a mais catita de todas???

Nos tempos de Luís XIV ele proclamava: “O Estado Sou Eu”. Na moderna Brasília, o impostor de oito mandatos de deputado, que se tornou presidente, proclamou aos berros, aos quatro ventos e ventosidades cardeais: “Quem Manda Sou Eu”. É o Luís XIV do Palácio do Planalto na vigência do século XXI. Haja obscuridade.

Talvez o “Luís XIV do Planalto” hoje, quisesse impor, por sua vez, uma particular Revolução Francesa à brasileira. E instaurar seu “sui generis” regime do terror, saudosista que sempre foi e será, do regime militar nos “anos de chumbo”. O “Luís XIV rei Bozo do Planalto” deseja implantar no país a revolução popular de direita (coisa essa que nunca existiu nem vai existir). Na RF, a Revolução Popular, ou a fase radical do Terror (1792/94), foi liderada pelos espíritos jacobinos: pequenos mercadores tratantes e profissionais liberais trapaceiros, velhacos e estelionatários. Estes, representantes do Centrão revolucionário e sanguinário daquela Revolução.

Mas, no Brasil, nem todos os espíritos são preguiçosos e dorminhocos ou trabalhadores das dores e carnavalescos. Nem todos os espíritos têm o privilegiado emprego de prestação de serviços a si mesmos, nos antepostos políticos protegidos pelos espíritos reunidos no Centrão das negociações institucionais em proveito próprio. No país há, felizmente, a descontração política e emocional diária, promovida por intelectuais, pela imprensa livre e os demais poderes, contra o construtivismo maligno, o empirismo ambicioso e o associacionismo desastroso ao país produzido dos jacobinos do Centrão.

Esse governo, desse Luís XIV vencido, vulgar, antiquado, extemporâneo, que sempre quis governar um Brasil que só existe dentro da cabeça de bagre dele, sabe que não há futuro para ele nos corações e mentes desprezados, excluídos, preteridos e refutados por uma ideologia de conserva dor, governando dentro de sua bolha de medo. Bozo não sabe como construir um país que não sirva às armas e à morte.

Bozo é um espírito totalitário, ignorante até mesmo de seus arbitrários modos de desgovernar. Ele não sabe o que faz. O Povo brasileiro vai perdoá-lo??? A patética dramatização de sua incompetência pessoal, torna também dramáticos, os enredos políticos daqueles que dele se acercam em busca de uma oportunidade de fazer um país melhor. Esses espíritos colaboradores viram extensões de sua incompetência, da ignorância e influência de espíritos de militância miliciana. Que enxergam um país só deles e para eles.

Esse Luís XIV do século XXI é um anacronismo ambulante, sente prazer em disseminar notícias falsas sobre as urnas eletrônicas: “se tiver voto eletrônico no Brasil em 2022, vai ser a mesma coisa lá dos Estados Unidos. Bozo gosta, Freud explicou, de ameaçar membros dos demais poderes.

O espírito de Luís XIV baixou no presidente do Brasil. Candidatou-se à presidência da República sem saber que ela é uma instituição que exige preparo intelectual que não seja a de um capitão (cloroquina) expulso da caserna por insubordinação. Onze inquéritos e ações penais, mandados de injunção e petições sobre o deputado Jair Bolsonaro, vulgo o Bozo, passaram pelo STF. Foi um transgressor grave do Regulamento Disciplinar do Exército. Diz o relatório n° 394 de 1990, do Centro de Inteligência do Exército:

“Punido por ter elaborado e feito publicar em revista semanal de tiragem nacional, sem conhecimento e autorização de seus superiores, artigo em que tece comentários sobre a política de remuneração de pessoal civil e militar da União... Indiscreto na abordagem de conteúdo de caráter oficial, comprometendo a disciplina, censurado a política governamental, ferido a ética e gerado clima de inquietação no âmbito da Organização Militar, por ter contribuído para prejudicar o excelente conceito da tropa paraquedista no âmbito do Exército e da Nação”. Bozo ficou preso por quinze dias.

DECIO GOODNEWS
Enviado por DECIO GOODNEWS em 09/01/2022
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