“NÃO OLHE PARA CIMA” – DESUMANIZAÇÃO UNIVERSAL
“NÃO OLHE PARA CIMA” – DESUMANIZAÇÃO UNIVERSAL
VALÉRIA GUERRA REITER
Será que realmente a sociedade de consumo “evoluiu”através de múltiplas adaptações a um criacionismo às vezes torp? Não o criacionismo de um Deus, que se fez carne para nos salvar como prega o livro Santo, ou Bíblia, mas aquele “criacionismo” humano, cheio de lucro.
O lucro desumaniza, viraliza, inviabiliza. O lucro que hoje vende mediocridades, libertinagens e inverdades para os humanos mais fracos e inferiorizados, nas ondas youtuberianas e podscarianas...
A humanidade já deixou de olhar a beleza da natureza, e lança seu olhar minucioso e pernicioso às “coisinhas”: “ O carro, a moto, a viagem, o apartamento que ri, ou a casa de campo que faz dancinha”.
Humanidade? “ A vida vai ficando cada vez mais dura perto do topo”, disse o autor da Genealogia da Moral. A moral, a ética, duas gêmeas, que hoje estão desconcertadas com a inglória do Homem. A plataforma dos tempos capitalistas transfigurou quase todos em suseranos e vassalos dos pérfidos poderes. E idolatrar à vulgaridade é o comando do algoritmo (senhor clerical/cultural/científico) dessa fase aguda da pós-modernidade.
Sim, senhor Friedrich Nietzsche, a vida no topo deve ser duríssima, a ponto da falta de empatia, com a vinda de um corpo celeste de 10 km, feito de minérios e gases em direção ao planeta Terra (nossa casa espacial) por não comover, não causar pânico, principalmente em Big Techs carregadas de trash.
Quem dirige o planeta são os grandes mentirosos, hoje a verdade é apenas ejaculada precocemente, e em terra infértil. Que pena! As meias-verdades cegam e podem levar à terminalidade: uma gama de genes específicos que levaram milhões de anos para se especializarem. Inteligência versus Ganância estão no ringue; e parece que a segunda lutadora está em vantagem.
Há séculos que a matreirice reina de escravidão em escravidão. Sim, esta viciante soberba milenar vem ensinando, como é muito melhor estar com os “grandes”, como proferiu a presidente norte-americana do filme “Não olhe para cima”, aquela que o “rei algoritmo” da “ficção” ou “drama” (inspirado) na realidade: previu que seria engolida por um adorável Bronteroc.