Doria elogia Bolsonaro
Um dos principais adversários políticos de Bolsonaro, João Doria procura ser diferente de Lula e Sérgio Mouro, como estratégia para ganhar dividendos eleitorais. Ao reconhecer a louvável atitude do Presidente, por sobrevoar as áreas atingidas pelas fortes chuvas em Minas Gerais e na Bahia, destinando-lhes recursos financeiros para mitigar o sofrimento dos nossos irmãos mineiros e baianos, Doria se solidariza também com aquele povo, aprovando o gesto do Presidente.
Dizem que a catástrofe pública traz sempre uma oportunidade para os políticos aparecerem como "Salvadores da Pátria." Então, Doria, de carona na catástrofe, mostra para os outros presidenciáveis que nessa hora não vai apedrejar o Presidente, o que seria prejudicial a si próprio, na visão do eleitor.
Com o trunfo de que nunca perdeu uma eleição, o governador de São Paulo, estado mais rico da federação, traça sua estratégia para derrubar a dianteira de Lula e Sergio Moro. O pacto de não agressão se configura de outro modo, elogiando seu principal adversário, o que enfraquece os outros dois.
Mesmo sendo novo em política, já é visto como "macaco velho", cujo trampolim foi a Prefeitura de São Paulo e agora o Estado. Não deixa de ser uma ponte para o Planalto.
Muitas manobras virão. Os outros que se cuidem.