João Doria e Sergio Moro celebram pacto de não agressão
Pelos menos por enquanto, João Doria e Sergio Moro não vão se atacar reciprocamente. Fácil de explicar as razões. Politicamente, ambos são ferrenhos adversários de Bolsonaro. Qualquer agressão de um ao outro significa que o enfraquece diante do Presidente. Ou seja, não pode apontar pontos negativos para qualquer um dos concorrentes, porque soma pontos para o adversáro.
Assim, mesmo admitindo algumas divergências no campo político, cada fica na sua, como estratégia para não municiar o inimigo maior, aquele que está no poder.
Alguns políticos tradicionais já chegaram a afirmar que quem tem o poder da caneta e perde a eleição certamente lhe faltou esperteza política. Por isso, ultimamente, a cada projeto aprovado na Câmara, com o apoio de Arthur Lira, vem aquela ciumeira dos oposicionistas. Ora, mas não foi assim que sempre ocorreu no passado?
Quem bateu de frente com o Congresso se deu mal. Por isso, é vivendo e aprendendo. Ninguém quer imitar o Collor, que ele mesmo reconhece que foi por "arroubos da juventude", que quis bancar o machão, e por isso lhe derrubaram.
Nada de estranhar agora a troca de afagos entre Doria e Moro.