Argélia não participar das "mesas redondas", prejudica a solução política sobre o Saara marroquino
O regime argelino, junto com a Frente Polisário, ameaçaram não fazer parte da reunião das “mesas redondas” sobre a questão do Saara marroquino, o que eles informaram logo após a emissão da Resolução nº 2602 do Conselho de Segurança da ONU.
"A Moradia Palace ” símbolo da Argélia manifestou a sua posição que consiste em interromper o caminho de uma solução política em torno do dossier do Saara que é de longa duração.
O Marrocos, perante o seu embaixador nas Nações Unidas, comentou sobre a pretensão da retirada da Argélia das negociações da ONU, considerando que “todos, incluindo Marrocos e o Conselho de Segurança da ONU, reconhecem que Argélia tornou-se uma parte responsável no conflito”, sua ausência das reuniões significa que não avançar no processo político”.
O Conselho de Segurança da ONU recomendou que as partes em conflito voltem à mesa de negociações a fim de reviver o processo político, após um impasse de três anos, tendo em vista o encontro da Argélia, Marrocos, “Polisário” e Mauritânia, cuja retirada de uma parte prejudica as negociações, ou seja levando o confronto direto devido a esta parte ausente, contra a comunidade internacional.
A pretensão da retirada da Argélia das negociações da ONU explica o resultado de um conjunto de passos políticos anteriores; dais quais as reações negativas associadas à liberação da travessia de Guargarat pelas Forças Armadas Reais marroquinas.
Tal dossier do Sahara conheceu uma dinâmica especial desde que muitos países árabes, africanos e internacionais abriram seus consulados diplomáticos nas províncias do sul do Reino, incomodando a Argélia, deixando-a isolada no a nível africano e internacional.
A Argélia tentou também criar uma crise diplomática entre Marrocos e Espanha, forjando o passaporte de Ibrahim Ghali", líder da frente separatista da Polisário, hospitalizado durante um més na Espanha de forma irregular segundo os jornais locais.
Todas as manobras para provocar uma crise com Marrocos desvendaram as falsas tentativas do regime militar, que visam levar os países ocidentais a estreitar as relações com o Marrocos, cuja Argélia tem posicionada no sentido de cortar relações, proibindo o seu espaço aéreo das aeronaves marroquinas.
A recente declaração do Ministério das Relações Exteriores da Argélia sobre a Resolução 2602 tem sido classificada na categoria de declarações reacionárias; refletindo o paradigma diplomático argelino diante da questão do Saara, remontando aos anos anteriores aos 90. Tal paradigma confunde a posição da Argélia, continuando a ser uma barreira regional face aos diferendos regionais, contradizendo a dinâmica política do regime militar preso a uma fase colonial e fascista.
Tal regime militar tem sido o primeiro beneficiário deste conflito, uma vez ele explora uma ideologia colonial para conter a tensão e fermento interno, sem olhar pela deterioração das condições humanas tanto na Argélia, como dos detidos nos campos de Tindouf à luz da situação atual; prejudicando notadamente as diretrizes do Direito Internacional Humanitário.
Assim o regime militar argelino pretende arrastar o Marrocos para fazer parte de outras equações desconhecidas depois de se retirar das consultas políticas, tal atitude argelina exige uma reflexão, fora da pressão de todas as partes internacionais, para evitar esses obstáculos, a não ser uma regra para outros ou uma razão a desrespeitar a comunidade internacional e arrastrar um conflito regional artificial.
Lahcen EL MOUTAQI
Pesquisador universitário- Marrocos