O relatório da ONU sobre o Saara marroquino ignora as falsas manobras da frente separatista?
Esta semana passada foi a votação do processo marroquino sobre o Saara ocidental, um processo que pelo qual o principal responsável, Argélia, tras a manobra de prolongar este conflito ainda mais, no tempo e no espaço.
Uma vez que o isolamento da Argélia pode surtir os efeitos, acompanhando a aprovação do processo da resolução do Conselho de Segurança sobre o Saara, tendo mantido uma certa confusão da liderança da Frente Polisário, pretendendo obstruir o trabalho da organização internacional, pressionando no sentido de um “ bloqueio ” que possa atrasar o trabalho da missão no Saara, no qual o Marrocos tem saido vitorioso ao defender sua proposta perante o mundo.
O Reino de Marrocos, por seu lado, tem tomado conhecimento da ratificação da Resolução 2602 do Conselho de Segurança, estendendo a missão da MINURSO por mais um ano, até 31 de outubro de 2022.
Uma vez que as lideranças da Argélia e Polisário têm apostado que o Conselho de Segurança abordasse a situação na passagem da Guerguerat, mantido sob a soberania marroquina, face a uma guerra fictícia pretendida pela “frente” da polisario, envolvendo o processo dos direitos humanos.
Antes da sessão do Conselho de Segurança, o regime militar argelino experimentou diferentes formas de chantagem ao declarar sua recusa em continuar a participar nas mesas redondas, cujo Secretário-Geral da ONU tem insistido sobre a questão, confirmando a proposta marroquina, como a única forma de resolver este conflito.
Tal posição mantém o regime argelino numa situação de contradição, sem deixar nenhuma chance para acreditar na resolução, urgente para a retomada do processo político e com a nomeação do enviado pessoal do Secretário-Geral para o Saara, seja um passo na direção de uma resolução definitiva da questão do saara ocidental.
As Nações Unidas tinham nomeado finalmente um novo enviado, chamando as partes do conflito para sentar ao diálogo em torno das mesas redondas, uma vez que o regime militar separatista pretende um outro caminho, quebrando os protocolos internacionais e da diplomacia, enviando um ministro das Relações Exteriores num torno entre Rússia e Mali tal comportamento foi desvendado ao mundo. Oferecendo ao estado de Mali uma presa fácil bem como para o urso russo, em troca seu alinhamento contra a proposta da resolução do Marrocos.
A Argélia tentou chamar atenção da comunidade internacional, apontando a questão dos direitos humanos para a missão da MINURSO, além da questão da travessia de Guerguerat, apesar da preocupação de alguns países, face a posição da Rússia, e a insistência dos demais membros do Conselho de Segurança sobre como manter a posição do Marrocos, caracterizada como crdível e realista.
Esta última resolução do Conselho de Segurança veio como um verdadeiro prego no caixão do regime militar argelino, face as resoluções das Nações Unidas sobre este conflito direto com a comunidade internacional; cujo regime militar argelino e Polisario deve assumir a responsabilidade perante as Nações Unidas sobre o impasse que bloqueia tal processo.
No mesmo contexto, a recente resolução do Conselho de Segurança constitui um passo importante no caminho para virar a página do conflito artificial, em torno do saara ocidental, por tras o regime militar argelino e polisario desde mais de quatro décadas, cuja vitória do Marrocos devida aos planos diplomáticos e estratégicos, no continente africano como no seio do grupo dos cinco países árabes da UMA.
Quanto à posição tunisiana, exemplo a deduzir, e a lembrar quando este país abster-se de votar em favor do retorno do Marrocos à União Africana, tais suposições envolvem que a Tunísia teme a segurança militar argelina, as investigações de segurança, as quais tém por trás os atentados terroristas na montanha Chaambi e nas áreas de fronteira, visando a profundidade da Tunísia, em 2013.
Lahcen EL MOUTAQI
Professor universitário, Marrocos