Marrocos e União europeia, e as manobras argelinas fracassadas

Foi a incompreensão que envolve a decisão do tribunal europeu, publicada recentemente  e pronunciada pela porta-voz do tribunal europeu, o que levantou uma série de interrogações sobre o tempo, quem foi atrás, objeto de  interesse de muitos especialistas e políticos, levantando as razões e motivos para ser tomado tal decisão sem tomar conta desta fase difícil e as condições pelas quais passa o mundo, devido a coronavírus.

O ex-ministro, El Yazghi considerou o dossier do Saara marroquino motivo político, apesar de ser independente do tribunal europeu,  conforme a declaração  do ministro marroquino dos Negócios Estrangeiros responsável pela política externa europeia que tem esclarecido  ao dizer “que as questões  políticas, estrategicamente resolvidas”, referindo  “as decisões preliminares temporárias, as quais não são novas ; uma vez que o mesmo tribunal havia tentado anular anteriormente os dois acordos durante 2016.”

El Yazghi sublinhou que Marrocos continua a sua relação estratégica com a União Europeia ao referir “ao lobby argelino que tenta explorar este novo facto, enquanto o efeito da decisão não tem nenhum impacto localmente”.

Acrescentando que “os planos da Polisário continuam sendo um fracasso, e chegam a um beco sem saída”, enquanto “o Saara marroquino contínua do Marrocos e a história não vai mudar tal fato".

Em relação à recente decisão francesa de reduzir o número de vistos concedidos aos marroquinos, El Yazghi considerou que tal decisão pode ter um impacto nas relações humanas, mas não sobre a mudança no nível estratégico”.

Voltando a decisão do Tribunal Europeu que quer cancelar os acordos agrícolas e de pesca assinados entre a União Europeia e Marrocos, o efeito desta decisão não vai entrar em vigor até que todas as fases do litígio sejam concluídas, tanto quanto o poder do recurso.

Os navios europeus vão continuar nas águas marroquinas de acordo com o disposto no protocolo de pesca marítima,  incluindo as províncias do sul, bem como os produtos agrícolas marroquinos vão  poder chegar aos mercados europeus em conformidade com o acordo assinado entre as duas partes.

Esperando uma nova decisão objeto da nova interpretação e volta a tomar conta do fatos no terreno, o Tribunal Europeu vai voltar na decisão com base nos esforços legítimos do povo que luta e representa a população local, de forma a não prejudicar o desenvolvimento e as obrigações pelas quais foram fundadas, tanto pelo lado marroquino quanto a parceria estratégica para com os europeus no horizonte da paz e estabilidade na região sahel e saara, bem como no trabalho para que a razão esteja contra uma decisão prejudicial, a ser anulada através do recurso.

Lahcen EL MOUTAQI

Professor universitário, Marrocos

ELMOUTAQI
Enviado por ELMOUTAQI em 01/10/2021
Reeditado em 01/10/2021
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